segunda-feira, 20 de julho de 2009

Para Meus Amigos Onipresentes Ou Invisíveis

*Os Amigos Invisíveis


Os amigos não precisam estar ao lado para justificar a lealdade. Mandar relatórios do que estão fazendo para mostrar preocupação.

Os amigos são para toda a vida, ainda que não estejam conosco a vida inteira. Temos o costume de confundir amizade com onipresença e exigimos que as pessoas estejam sempre por perto, de plantão. Amizade não é dependência, submissão. Não se têm amigos para concordar na íntegra, mas para revisar os rascunhos e duvidar da letra. É independência, é respeito, é pedir uma opinião que não seja igual, uma experiência diferente.

Se o amigo desaparece por semanas, imediatamente se conclui que ele ficou chateado por alguma coisa. Diante de ausências mais longas e severas, cobramos telefonemas e visitas. E já se está falando mal dele por falta de notícias. Logo dele que nunca fez nada de errado!

O que é mais importante: a proximidade física ou afetiva? A proximidade física nem sempre é afetiva. Amigo pode ser um álibi ou cúmplice ou um bajulador ou um oportunista, ambicionando interesses que não o da simples troca e convívio.

Amigo mesmo demora a ser descoberto. É a permanência de seus conselhos e apoio que dirão de sua perenidade. Amigo mesmo modifica a nossa história, chega a nos combater pela verdade e discernimento, supera condicionamentos e conluios. São capazes de brigar com a gente pelo nosso bem-estar.

Assim como há os amigos imaginários da infância, há os amigos invisíveis na maturidade. Aqueles que não estão perto podem estar dentro. Tenho amigos que nunca mais vi, que nunca mais recebi novidades e os valorizo com o frescor de um encontro recente. Não vou mentir a eles ¿vamos nos ligar?¿ num esbarrão de rua. Muito menos dar desculpas esfarrapadas ao distanciamento.

Eles me ajudaram e não necessitam atualizar o cadastro para que sejam lembrados. Ou passar em casa todo o final de semana e me convidar para ser padrinho de casamento, dos filhos, dos netos, dos bisnetos. Caso encontrá-los, haverá a empatia da primeira vez, a empatia da última vez, a empatia incessante de identificação. Amigos me salvaram da fossa, amigos me salvaram das drogas, amigos me salvaram da inveja, amigos me salvaram da precipitação, amigos me salvaram das brigas, amigos me salvaram de mim.

Os amigos são próprios de fases: da rua, do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, da faculdade, do futebol, da poesia, do emprego, da dança, dos cursos de inglês, da capoeira, da academia, do blog. Significativos em cada etapa de formação. Não estão em nossa frente diariamente, mas estão em nossa personalidade, determinando, de modo imperceptível, as nossas atitudes.

Quantas juras foram feitas em bares a amigos, bêbados e trôpegos? Amigo é o que fica depois da ressaca. É glicose no sangue. A serenidade.




Feliz dia do amigo a todos os meus amigos! Amo vocês!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Filmes para o fim de semana - Selton Mello²

A Mulher Invisível

Que homem não sonha em ter a seu lado uma mulher linda, sensual, atenciosa, inteligente, carinhosa, apaixonada e que goste de futebol? Pois para Pedro (Selton Mello) esse sonho se realizou. Depois de ser deixado por sua esposa, após três meses de profunda depressão, ele encontra a mulher de seus sonhos. O problema é que ela só existe mesmo em seus "sonhos".

Há tempos eu não assistia a uma comédia realmente engraçada. Há mais tempo ainda, eu não assistia uma comédia brasileira realmente engraçada. A Mulher Invisível, do diretor Cláudio Torres, pode ser considerado uma comédia romântica, mas fugindo à regra desse gênero no Brasil, não soa como novela das oito tentado ser engraçadinha. Traz um humor leve e simples, do qual Selton Mello sabe trabalhar muito bem. E arrisco dizer que, talvez, se o filme não tivesse ele neste papel, não seria tão engraçado.

Luana Piovani também está muito bem como Amanda, a mulher invisível. Além dela, merecem destaque Vladimir Brichta, que mostra que sabe fazer bem mais do que novela das sete e Faça Sua História, e Maria Manoella, ainda pouco conhecida na TV, tendo feito uma participação na mini-série JK, atua mais no teato e cinema.

Outro ponto a se comentar é a trilha, composta por, entre outras coisas, Janis Joplin e Ramones, que acompanha o tom de leveza e diversão do filme e mostra que trilha de filme brasileiro não precisa ser exclusivamente de música brasileira.

Confere aí trailer do filme e corre para o cinema!





Jean Charles

Dirigido por Henrique Goldman e interpretado (novamente) por Selton Mello, o filme conta a história real do eletricista brasileiro, Jean Charles de Menezes, de 27 anos, que foi morto no metrô de Londres, um dia após um atentado à bomba fracassado na cidade.

Jean Charles, além de retratar a injustiça feita com um imigrante brasileiro, provocada por negligência dos policiais, o filme mostra a realidade dos brasileiros que tentam ganhar a vida fora do seu país de origem. Levados pela ideia de adquirirem melhores condições de vida, brasileiros enfrentam a ilegalidade, dificuldades como idioma, com a adaptação, com emprego, com a saudade da família.

Apesar do filme girar em torno da história do personagem Jean Charles, ganha destaque a visão de Vivian (Vanessa Giácomo), prima de Jean, sobre tudo o que acontece. Influenciada pelo primo, ela também vai tentar a vida em Londres. Depois de grande dificuldade de adaptação, Vivian passa por um grande amadurecimento.

É através da personagem Vivian que o filme nos leva a pensar, também, nas mudanças em nossa mentalidade e nos benefícios que optar pela vida no exterior pode ocasionar. Depois de conhecer um país de primeiro mundo, experimentar uma realidade melhor, será que vale a pena voltar e seguir levando uma vida pacata, rodeada de pessoas com ideias fúteis e limitadas para suas vidas?

Confira o trailer e aproveite a dobradinha de Selton Mello no cinema!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Enfim, férias

Teoricamente haveria mais uns diazinhos de aula, mas na prática, depois de um semestre tão chato com tantos seminários, resenhas, aulas repetitivas e blás blás, me considero de férias. Merecidas férias!

É impressionante a quantidade de coisas que se pode fazer em 1 mês, quando se descobre que existe vida além do fim de semana! Ah, como é bom poder ir ao cinema no meio da semana, assistir aos jogos do Grêmio no meio da semana, poder ver os amigos no meio da semana, voltar a ler minhas revistas e meus livros, parar para ouvir música, poder curtir melhor as sobrinhas. Dedicar mais tempo à preguiça, ao nadismo e, claro, ao namoro.

Mesmo sendo apenas 1 mês, que para férias de inverno já é bastante, e sendo só do IPA porque o trabalho continua, é um alívio não precisar, pelo menos nesse meio tempo, se preocupar com disciplinas e trabalhos chatos.

Talvez, no ano que vem, eu tenha saudades disso. Mas nem vou pensar agora. Já que é meu último ano como graduanda em Jornalismo, vou curtir tudo que o curso oferecer até o término, incluisive as últimas férias de inverno!