segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Um pouco de cinema


Laranja Mecânica

Pode-se dizer que Laranja Mecânica é ousado para a época em que foi lançado, 1971, pela “ultraviolência” (utilizando a gíria característica dos personagens) que apresenta e por sua estética, repleta de referências explicitamente sexuais.
Se nos referirmos aos dias de hoje, a história permanece atual: jovem de classe média-alta, bons pais, boa criação, mas que sem nenhum motivo aparente começa a espalhar violência por onde quer que passe. O atos variam: arruaças, agressões, estupro. Tudo isso sem deixar que os pais desconfiem de nada, claro.
O filme deflagra, também, um outro tipo de violência, a do governo, amparada pela lei, que evidencia o despreparo das autoridades para lidarem com a violência praticada em todos os níveis da sociedade e a deficiência dos métodos de reabilitação.

O filme, baseado em um livro do escritor Anthony Burgess, de 1962, preservou o dialeto utilizado por Alex, o personagem central, criado pelo autor do livro, que misturou palavras em inglês, russo e gírias. Outro aspecto que chama atenção, é a trilha composta por músicas clássicas, sobretudo por Beethoven, que prevalece nas cenas de violência, acompanhando a “insanidade” de Alex.

Pul Fiction


Três histórias independentes entre si, contadas de forma atemporal, com personagens inseridos no mesmo contexto, humor negro característico de Tarantino, câmeras que permanecem no mesmo plano por consideráveis segundos. Certamente Pulp Fiction quebrou parâmetros no cinema. Não é à toa que se tornou um clássico, que mesmo tendo sido lançado em 1994, segue sendo lembrado e aclamado por cinéfilos até os dias de hoje. Foi com o filme que Quentin Tarantino ganhou maior visibilidade, por seu estilo inovador e, por que não dizer, audacioso de dirigir.

O mais interessante do filme é que ao invés de contar uma única história com começo, meio e fim, o diretor opta por três histórias contadas de maneira não linear, mas que se encontram por uma única característica: fazem parte do submundo do crime, que percorre no acostamento da sociedade dita de bem.
Outro aspecto que não se pode deixar de lado, são os diálogos, alguns longos, mas totalmente peculiares. Praticamente todos trazem pitadas de humor negro, mas a peculiaridade fica por conta dos assuntos tratados pelos personagens, como violência e drogas, de maneira natural e sarcástica.
Pulp Fiction, Tempo de Violência (como foi traduzido para o Brasil), é composto por uma trilha sonora totalmente pop e , igualmente seu elenco, que traz Uma Thurman, John Travolta, Sammuel L. Jackson e Bruce Willis. Aliás, após o filme, tais atores e música pop se tornaram uma marca registrada nos filmes do diretor, como uma fórmula para o cinema de Tarantino.

8 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

ae, atualização!! agora, vamos ao comentário.

1º [e que salta ao olhos]: a "fluidez" do teu texto, muito bom de ler. cheio de referências e informações, bom ritmo, não "cansa"...

[parece puxação de saco idiota, mas tenho lido - e escrito! - tanta coisa ruim que um bom texto merece ser destacado]

e quanto aos filmes:

laranja mecânica eu vi 1 vez, no SBT!! versão cortada, muito provavelmente...

e Pulp Fiction eu já ouvi falar bastante, mas ainda não consegui ver.

e "eras" isso! saudações!!

Lisiane de Assis disse...

Obrigada pelos elogios! Bah, fico tri feliz quando alguém critica positivamente, sério mesmo! Porque escrevo tri na insegurança (principalmente quando escrevo uma crítica sobre algo) e isso acaba servindo como um termômetro! Ainda mais vindo de um aspirante a jornalista, do qual eu admiro o estilo de escrever!!

(que rasgação de seda!! Haha!)

Valeu!

P.S.: Se quiser os filmes, posso te emprestar!

Saudações!

Unknown disse...

bá, eu sou tipo "visita indiscreta"... quando a pessoa oferece café ou almoço, só por educação, eu aceito mesmo, hahahaha!!

então pode saber... depois do dia 5 vou querer os filmes emprestados, hohohoho!!

Unknown disse...

O tia Lisa, eu também quero um filme. Tu me "empésta" aquele do ursinho safado na floresta da perdição??
Omigado!


Beijo, Ale (Só podia ser).

Lisiane de Assis disse...

Hahahahaha!!!!

Ah, tá lendo o blog da tia!! Heeeee!

Beijo!!

Anônimo disse...

Hi, hi, hi!

Bah, eu ainda não acredito que o Alex fez o Heroes!
Tá loco muito tri!

Boaaa, Alê! exCitando este maravilhoso filme do ursinho eu tive uma idéia. Por que tu não escreve um texto sobre o filme Ursinho safado na floresta da perdição? Right, right, right?

Kiss, kiss, kiss!

Felipe Leduino disse...

Hola!
Os dois filmes são geniais...
Posta sobre mais clássicos, tipo O Iluminado e o original de A Fanática Fábrica de Chocolates...
--
Sobre o Pulp Fiction, ele foi muito bem feito...
mas tinham que avisar o Tarantino pra baixar a bolinha um pouco...

Deu no que deu...Kill Bill e V de Vingança foram fracos...fracos demais...

Como diria Marco Antônio Pereira...
"Não, não, não, Tarantino!!!"

Bjos