quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Histórias da Mulher Bala


Mulher Bala sempre foi muito prestativa. Se alguém precisava de uma favor, uma mãozinha, lá estava ela pra oferecer o braço inteiro, se necessário fosse.

Rodeada de amigos, Mulher Bala costumava promover verdadeiras rodas de viola, com muita conversa fiada, risadas e, claro, algumas clássicas das rodinhas de violão. Tudo acontecia na sua sala de reuniões favorita: a calçada de casa.

Áurios tempos aqueles, em que ninguém do grupo de amigos tinha muitas preocupações e obrigações, além da escola. Assim, podiam dedicar mais tempo uns para os outros, às discussões e questionamentos da vida, a suas próprias futilidades, estas que perdem quase todo (se não todo) o espaço em nosso cotidiano, quando o tempo nos obriga a encarar a maturidade e as novas obrigações que ela acarreta. É, Mulher Bala ainda estava inserida nesta fase, em que, sem ter idéia do que a aguardava no futuro, tinha seus problemas atuais como os piores do mundo, a pior penitência que poderia pagar. Porém, algum tempo depois, teria consciência que com o aumento das responsabilidades, aumentariam também as proporções de seus problemas.

Mas, voltando à calçada da Mulher Bala, em mais uma das tardes em que o horário de verão se encarregava de atrasar o pôr-do-sol, lá estava ela e seu amigos reunidos na calçada para o ritual diário. Eis que um dos violões dasafina. Mas não era um violão comum, estava com um das tarrachas (pino que serve para afinar o instrumento) quebrada, impedindo a afinação de uma das cordas. Então um dos amigos solicitou um alicate, pois com o auxílio de um poderia afinar a tal da corda. Mulher Bala prontamente disparou em direção à sua casa, em busca de um alicate. Sentia-se feliz em estar prestando um favor, por mais simples que ele fosse. Até porque, nesse caso, a continuidade da diversão dependia disso. Logo em seguida, retornava ela estampando um sorriso no rosto. Sorriso de "missão cumprida". Mas, para a decepção dos presentes, o que Mulher Bala trouxe nas mãos foi um alicate de unhas!

7 comentários:

Unknown disse...

mas que bá... essa face dos teus escritos eu não conhecia, hehehe!

legal, bem diferente do que aparece aqui, geralmente.

só espero que tu não ande escrevendo durante o trabalho. até por que tu não teria tempo pra tal coisa, visto que tu fica extreeemamente atarefada no teu novo trabalho, né?? hahahahaha!

saudações!!

Lisiane de Assis disse...

Sugiro que tu leias a primeira história (que já faz um bom tempo que publiquei) para econhecer melhor a Mulher Bala. Ambas as histórias são baseadas emfatos reais.

Saudações!

Unknown disse...

hey!!

quem "assina" comentários com o jargão 'saudações', ao final, sou EU!!

exigo direito de criação & retratação. A sra. será acionada judicialmente para arcar com a apropriação indevida de trabalho intelectual!!!

e tenho dito [hahahahahahahahaha]!!

saudações!!

Anônimo disse...

hum

Felipe Leduino disse...

Mulher Bala?
hããã...

bom...
sabe que eu gostei?!

Lendo ele, tu não só visualiza toda a cena, como também imagina a trilha sonora...

Com uma adaptação, é um ótimo curta para o Histórias Curtas...
heheheheheh

agora eu sei que não sou o único maluco a ter historinhas pra pôr no papel...

beijos!

Amanda Porterolla disse...

Cara! Maravilhosooo!!! Por que eu demorei tanto para ler este post??? O texto tá perfeito, Lisiii!!! E a história melhor ainda!!! Ah, eu já disse que gosto dos teus textos? Acho que já, né? Mas eu digo de novo! Perfect, baby! Beijos!!!

Unknown disse...

Bah, de mais!! E que saudade desse tempo, enquanto lia o texto me passava um filmezinho na cabeça... ai, ai!