quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Histórias da Mulher Bala


Mulher Bala sempre foi muito prestativa. Se alguém precisava de uma favor, uma mãozinha, lá estava ela pra oferecer o braço inteiro, se necessário fosse.

Rodeada de amigos, Mulher Bala costumava promover verdadeiras rodas de viola, com muita conversa fiada, risadas e, claro, algumas clássicas das rodinhas de violão. Tudo acontecia na sua sala de reuniões favorita: a calçada de casa.

Áurios tempos aqueles, em que ninguém do grupo de amigos tinha muitas preocupações e obrigações, além da escola. Assim, podiam dedicar mais tempo uns para os outros, às discussões e questionamentos da vida, a suas próprias futilidades, estas que perdem quase todo (se não todo) o espaço em nosso cotidiano, quando o tempo nos obriga a encarar a maturidade e as novas obrigações que ela acarreta. É, Mulher Bala ainda estava inserida nesta fase, em que, sem ter idéia do que a aguardava no futuro, tinha seus problemas atuais como os piores do mundo, a pior penitência que poderia pagar. Porém, algum tempo depois, teria consciência que com o aumento das responsabilidades, aumentariam também as proporções de seus problemas.

Mas, voltando à calçada da Mulher Bala, em mais uma das tardes em que o horário de verão se encarregava de atrasar o pôr-do-sol, lá estava ela e seu amigos reunidos na calçada para o ritual diário. Eis que um dos violões dasafina. Mas não era um violão comum, estava com um das tarrachas (pino que serve para afinar o instrumento) quebrada, impedindo a afinação de uma das cordas. Então um dos amigos solicitou um alicate, pois com o auxílio de um poderia afinar a tal da corda. Mulher Bala prontamente disparou em direção à sua casa, em busca de um alicate. Sentia-se feliz em estar prestando um favor, por mais simples que ele fosse. Até porque, nesse caso, a continuidade da diversão dependia disso. Logo em seguida, retornava ela estampando um sorriso no rosto. Sorriso de "missão cumprida". Mas, para a decepção dos presentes, o que Mulher Bala trouxe nas mãos foi um alicate de unhas!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Um filme para apreciadores de boa música


Juno, o filme de Jason Reitman estrelado este ano nos cinemas brasileiros e recém lançado em DVD, ganhou destaque ao retratar com personalidade a adolescência. Fugindo dos esteriótipos associados à esta fase da vida ao apresentar uma personagem de atitude, que engravida aos 16 anos e decide doar o bebê para um casal que não pode ter filhos. Parte da notabilidade do filme, que lhe rendeu o Oscar de Melhor Roteiro Original, se deve à sua relevante trilha sonora.

A trilha sonora de Juno se compõe de músicas com uma levada folk, de melodias doces e agradáveis, acompanhando com perfeição o clima do filme de, apesar de algumas adversidades, uma adolescência tranqüila vivida em cidade pequena e pacata. A sintonia do roteiro com a trilha é notável, ao passo que as músicas refletem a personalidade da personagem Juno (Ellen Page) e vice-versa, sendo, ao mesmo tempo delicada e rústica: delicada pelo tom das melodias e pela suavidade que tem certas situações da adolescência; rústica pela simplicidade das músicas, boa parte composta por voz e violão, e pelo estilo despojado da personagem.

A impressão que se tem é de que a construção da trilha se deu com a mesma atenção que se dá a outros elementos do roteiro de um filme, pois a trilha aparece como componente essencial da narrativa, uma vez que cada música se encaixa com perfeição a cada cena, tornando-se indispensável.

Vale ressaltar que o filme é uma boa indicação para apreciadores de música, não só pela trilha, mas também por seu roteiro que em diversas cenas tratar do gosto musical apurado da personagem Juno e de Mark (Jason Bateman), futuro pai adotivo do bebê que a garota espera e que torna-se seu amigo. Ambos trocam figurinhas como Kinks, Velvet Underground, Mott the Hoople e Sonic Youth.

Vale a pena conferir a trilha inteira, sem exceção. Boa parte dela é composta por músicas da novaiorquina Kimya Dawson (ex-Moldy Peaches), mas pode-se destacar outras pérolas (além das dela), como a versão de Superstar, do Sonic Youth para a música dos Carpenters; All I Want Is You, de Barry Louis Polisar; A Well Respected Man, de The Kinks; Piazza, New York Catcher, de Belle & Sebastian; e Anyone Else But You, de The Moldy Peaches.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A realização de uma monografia


Esta é uma imagem de um acontecimento real, que retrata parte do processo de realização de uma monografia: mergulho em livros, trabalho árduo e namorado, às vezes, em segundo plano.

Mesmo tendo adotado e adaptado, nesse último semestre, uma frase dita certa vez pela Amandinha (mas utilizada em um outro contexto), que "não tenho vida, só uma monografia e um namorado", em vários momentos este último acaba ficando em segundo plano, em favor da monografia. Quando entramos na faculdade ninguém conta exatamente o que é uma monografia, deixam estas informações para as letras miúdas no final do contrato. Tudo bem, é um trabalho que se faz necessário para diferenciar um curso de graduação dos demais; é uma das partes do processo que vai garantir nossa formação. Mas certamente é o trecho mais complicado e trabalhoso do caminho que leva, finalmente, ao diploma. Não quero desestimular quem está no meio deste caminho ou pretende ainda percorrê-lo. Apenas deixar registrada a impressão de quem está sentindo esta etapa na pele. Feito o registro, preciso voltar a monografar.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Sua vida daria uma Cinebiografia?

Estes textos postados aí embaixo (sobre os filmes) foram escritos não somente para o She Blos, mas, também, para um projeto de revista institucional para a cadeira de Assessoria de Imprensa II, da qual será direcionada à locadora Lua Azul, de Gravataí.
Eu e minha dupla, a Amandinha (dona do blog Asterisco Rock in Roll) decidimos dedicar uma parte da revista para falar de biografias cinematográficas. E para isso, resolvemos lançar uma pesquisa em nosso respectivos blogs:
Sua vida daria uma cinebiografia? Por quê?
Se quiser coloborar com estas humildes aspirantes a jornalistas, basta responder a pesquisa no espaço para comentários, deixar seu nome completo e ocupação e escrever que autoriza a publicação de sua resposta em nosso trabalho.
Deixe sua colaboração e ganhe como recompensa nosso reconhecimento por ter nos ajudado a tirar nota 10 (hehehe!)!!
Desde já, nosso sinceros agradecimentos!