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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Entrevista com a Damn Laser Vampires


Fotos: Divulgação
No último sábado o Jack Rabbit, único local entre Gravataí e Cachoeirinha capaz de nos salvar com música boa, trouxe a Damn Laser Vampires para seu palco. Confesso que nunca tinha prestado muito atenção na banda, nem sei porquê. Mas quando o show começou a surpresa foi boa. Principalmente porque foi a coisa mais inovadora vinda de Porto Alegre que eu ouvi nos últimos tempos. E como é bom ouvir algo que soe novo, criativo e original. Algumas músicas me lembraram um pouco de rockabilly, outras punk rock e outras ainda anos 80, tudo com uma roupagem própria.

Outra coisa que me chamou atenção foi o tom do vocalista (e guitarrista), Ron Selistre, grave e soturno, em algumas músicas, bem de acordo com o visual da banda, vestidos de preto e a guitarrista, Francis K, na pele de Mulher Gato. O trio composto por, além de músicos, ilustradores, também conta com o baterista Michel Munhoz. Eles têm influência do psychobilly do The Cramps e ganharam uma definição curiosa, dada por Joshua Warfel, do selo Devil’s Ruin: "O trio de punk polka favorito de Satã".

Bem, já que em cinco anos de banda eu ainda não tinha me dignado a ouvir o som deles, agora compenso o tempo perdido com uma entrevista. Segunda-feira mesmo, entrei em contato com a DLV por e-mail e quem me respondeu, gentilmente, foi o Ron Selistre.  


She Blogs - Fale um pouco sobre o surgimento da banda. Como nasceu a ideia, de que forma chegaram a esta sonoridade e a este conceito visual? 
Ron Selistre - Surgimos em 2005. A única ideia era tocar a música que queríamos ouvir e que ninguém estava tocando. A sonoridade e o visual vieram juntos, diretamente inspirados pelas coisas que ouvíamos, víamos e líamos.

SB - Vocês mesmos produzem e dirigem seus clipes e criaram o material gráfico do álbum. Esta é uma opção para que tudo o que diga respeito a banda tenha totalmente a cara dos três? 

RS - Na mosca. Exatamente isso.


SB - Pelos clipes, percebe-se que vocês gostam de cinema, tanto que já fizeram até um curta-metragem. Em qual vertente do cinema vocês buscam inspiração na hora de fazer os vídeos das músicas? Cite filmes que vocês têm como referência. 
RS - Gostamos de expressionismo (nosso clipe "Bracadabro"é inspirado em Robert Wiene), de horror dos anos 80 e das coisas em torno desse universo, principalmente. Alguns filmes, vejamos... "O Gabinete do Dr. Caligari", "O Corvo", "Faster Pussycat! Kill! Kill!", "Fome de Viver", "The Bat"... 

SB - Pelo fato de os três trabalharem com imagem e por terem um visual característico, para vocês, qual a importância da parte visual para uma banda? 
RS - Visual é tão importante quanto a música. Nem mais, nem menos. Algumas pessoas podem ter um certo pudor em admitir isso, mas nós somos assim e gostamos. Nos atrai tudo que possa acrescentar uma tridimensionalidade à música. Um show de rock é, por definição, uma arte teatral. Música pra nós é como comida, e nós gostamos de servir o prato bem cheio, com vinho, com tudo.

SB - Por que a DLV é o "trio de punk-polka favotito de Satã"? De onde vem essa relação com temas satânicos? 
RS - O Joshua Warfel, do selo Devil’s Ruin, que lança os nossos discos nos EUA, foi quem nos deu o título. A relação existe, embora naturalmente não possamos falar muito a respeito. Preferimos que isso fique no terreno do humor. Mas não podemos ser chamados de satanistas. Satanistas são pessoas sem nenhum senso de humor que gostam de trepar com cabras.  

SB - Alguns músicos brasileiros que cantam em inglês dizem ter optado pelo idioma por facilitar na composição. Com vocês é a mesma coisa? Já tentaram compor em português alguma vez e não gostaram do resultado? 
RS -  A nossa sonoridade é influenciada pelo rok original e a origem do rock é inglesa, então é natural que a música já surja em inglês. A única vez que gravamos em português foi pra trilha de "Ainda Orangotangos", em que fizemos versões de Cascavelettes e Atahualpa Y Us Panquis. Mas no caso eram versões, nós não compomos em português. 

SB- Como é o processo de composição? Qual é a fonte de inspiração para as letras? 
RS - Não tem uma receita, cada música nasce de uma fagulha própria. Um riff, uma batida, algo que a gente faz questão de explorar e desenvolver até virar uma música. Com as letras é a mesma coisa, a única diferença é que aí a culpa é toda do vocalista

SB - Vocês tiveram seu álbum lançado em alguns países fora do Brasil. Já fizeram shows fora do país? Como é a repercussão do som da banda lá fora? 
RS - Ainda não tocamos fora do Brasile, isso deve acontecer quando chegar a hora, Temos admiradores espalhados pelo mundo, o que é uma alegria pra nós, e pór isso recebemos convites e propostas, mas só partiremos pra uma tour gringa quando realmente valer a pena. Hoje é possível que uma banda construa uma base de fãs no exterior sem nunca ter deixado o seu país, acho que disso nós tiramos bastante vantagem.

SB- O que vocês acham da febre de filmes e livros sobre vampiros que brilham que surgiu recentemente? Vocês não têm medo de alguém achar que a banda é fruto dessa onda de vampiros bonzinhos? 
RS - Sério, eu nem sei muito bem do que se trata. Sei que é uma moda que as crianças curtem, e tal, mas sinceramente nós não damos a mínima bola pra isso. 

SB - O que vocês tem ouvido ultimamente? 
RS - Ultimamente temos ouvido “It’s Not Human, It’s Human Trash”, incrível disco de estréia do Human Trash, e “No Sweat”, o novo do mestre Uncle Butcher. Também Stiv Bators, e muito garage-punk dos 60 e 70.

sábado, 10 de abril de 2010

She Interviewing - Entrevista com Henrique Larré, o "menino sem nome" de Os Famosos

Foto: arquivo pessoalFaz algum tempo que a autora do blog aqui, pensava em implantar uma editoria de entrevistas no She Blogs. Até que, esta que vos escreve, resolveu deixar de só pensar e pôr a ideia em prática! Por isso, inicia hoje o She Interviewing, um espaço que trará entrevistas com pessoas interessantes que tenham alguma ligação com arte, cultura e entretenimento, sendo nomes conhecidos ou não.

E para a estreia, o bate-papo é com o jovem talento descoberto em Os Famosos e os Duendes da Morte, Henrique Larré.

O "menino sem nome", conhecido na internet como Mr. Tamborine Man, tem algumas semelhanças com o jovem vindo de Alegrete, que deu vida ao personagem do cinema. Henrique de Freitas Larré, 19 anos, também se sentia deslocado em sua cidade natal, sabia que o que pretendia para seu futuro não seria conquistado em Alegrete. Agora, vivendo em Porto Alegre, seu futuro começou a ser traçado. Após as gravações de Os Famosos, fez um curso de cinema e TV em São Paulo. Daqui para frente quer estudar, ainda não sabe bem o quê. Mas se continuar neste caminho de atuação, diz que vai se aprimorar. Outro fator em comum com seu personagem é que ele também costuma se comunicar muito com o mundo através da internet, fato que foi determinante na descoberta de seu potencial para a atuação. E, aliás, a comunicação feita partir do universo on line foi o que levou o She Blogs a conhecer Henrique, o que culminou no bate-papo que você confere a seguir. Conheça um pouco sobre Henrique Larré, o ator principal de Os Famosos e os Duendes da Morte e que tem tudo para seguir uma promissora carreira no cinema.

She Blogs - Tu és de Alegrete, mas atualmente mora em Porto Alegre, certo? O que motivou a tua ida para a capital?
Henrique Larré - Bom, assim como o meu personagem em Os Famosos, eu sempre me senti deslocado, de certa forma, na minha cidade. Sabia que o que eu buscava não estava lá. Desde pequeno falava que queria ir embora para os meus pais, e isso foi ganhando força à medida em que fui crescendo.

SB - Como e quando surgiu teu interesse por cinema?
HL - Eu sempre gostei muito de cinema. Lembro que quando era pequeno, meu irmão mais velho alugava filmes e chamava os amigos pra assistir lá em casa, eu sempre dava um jeito de assistir junto (às vezes escondido atrás de alguma coisa. haha). Não posso dizer que sou um CINÉFILO, pois não sou daqueles que conhece vários diretores e todas as suas obras, e que assiste sempre os filmes mais cabeças que muita gente nunca nem ouviu falar. Mas tento assistir tudo o que quero. Dos filmes mais alternativos (desses que às vezes só conseguimos mesmo assistir em festivais) aos mais populares (hollywoodianos).

SB - Como e quando surgiu a oportunidade de fazer Os Famosos e os Duendes da Morte?
HL - A oportunidade de fazer Os Famosos surgiu quando o Esmir (diretor) olhou o meu fotolog. Ele gostou das minhas fotos e das coisas que eu postava lá e me deixou um recado dizendo que ia acontecer a filmagem de um longa metragem no estado, que ele tinha gostado da minha pagina e que seria otimo se eu fizesse um teste. Fui pra Porto Alegre, fiz o teste... alguns dias depois me chamaram para as etapas seguintes e assim foi rolando. De 400 adolescentes eles escolheram 4 para os papéis principais.

SB - Tu já pensava em ser ator? Já havia feito algum trabalho como ator antes?
HL - Na verdade não. Eu já dizia que queria fazer alguma coisa relacionada com cinema, quando me perguntavam o que eu gostaria de ser. Mas nunca ator. Eu era muito tímido, ainda sou na verdade, mas aprendi a lidar com isso durante o processo de seleção. Antes do filme, meu único contato com a atuação foi em uma peça na escola, quando era pequeno.

SB - Como está sendo, para ti, a repercussão do filme?
HL - Está sendo incrível! Lá no início, logo que havia entrado no projeto d'Os Famosos, eu não tinha noção nenhuma do que era aquilo. Não passava pela minha cabeça que pessoas de todo o país, e até do Mundo iam assistir o filme e essas coisas. Ler o que as pessoas pensam, e ver elas se identificando com todo o universo que retratamos no filme é lindo. Porque aquilo é muito de mim, muito do Esmir, do Ismael, da Tuane... todos emprestamos um pouco de nós mesmos para o filme. É realmente emocionante!

SB - Como foi a tua relação/convivência com o diretor e elenco durante as filmagens?
HL - Absurdo! Fiz amigos durante o filme, amigos de verdade. O Esmir é tudo aquilo que eu um dia quero ser... admiro muito ele como pessoa e também como profissional. Acho que tive muita sorte por ele ter me encontrado e por ter feito parte disso. Posso dizer que o que mais me faz feliz nisso tudo, é ter conhecido e convivido com pessoas incríveis.

SB - Qual foi o teu maior aprendizado ao fazer Os Famosos?
HL - Aprendi MUITO durante o processo todo. Me tornei muito mais maduro e responsável, entre outras coisas.

SB - O personagem interpretado por você carrega uma tristeza e uma angústia bem notável. Em algum momento foi difícil pra ti se distanciar destas características e, sem querer, levá-las para a vida pessoal?
HL - Na verdade a tristeza e a angústia que ele sente, eu também já havia sentido. Acho que todo mundo sente às vezes. Acredito muito naquilo que costumam dizer: a vida é feita de momentos. Não acredito que existam pessoas completamente felizes, e sim que existam pessoas com mais momentos felizes do que outras. Já me senti muito triste e angustiado, como o personagem, acho normal.

SB - De maneira geral, o que foi mais difícil para interpretar seu personagem?
HL - No começo tive medo de não dar conta. De todos os dias de filmagem que tínhamos, eu só não participei de um. Fiquei com medo de não conseguir passar a emoção que o Esmir queria, na hora certa. Coisas assim... mas no final foi tudo muito tranquilo.

SB - A sua realidade se assemelha com a do personagem, no aspecto de se comunicar muito com o mundo através da internet, até por você também vir de uma cidade do interior?
HL - Completamente! e agradeço todos os dias o fato de ter sido assim... Se não o fizesse, talvez nem ouvisse falar do longa do Esmir (até ser lançado, claro!)

SB - De alguma forma, você acha que Os Famosos e os Duendes da Morte será determinante na sua vida daqui para frente?
HL -
Sim! Os Famosos já mudou minha vida completamente. E nem estou falando em coisas do tipo: fama, dinheiro e tudo mais.. Até porque isso ainda tá bem longe de mim (haha). O filme com certeza foi um divisor de águas na minha vida!

SB - Você se considera um apreciador de cinema? Qual é seu estilo de filmes preferido?
HL - Independente do estilo, acho que o papel do cinema na vida das pessoas é entreter, causar alguma emoção, seja ela qual for. Se o filme te fez sentir alguma coisa, bingo.

SB - Você tem um grande ídolo no cinema? Quem? Busca inspiração nele?
HL - Gosto muito dos filmes do Almodóvar, mas não sei muito sobre ele. Acho que vou esperar o Esmir lançar mais alguns filmes e dizer que me inspiro nele. Hehe!

SB - Um filme que tenha te marcado? Por que?
HL - Closer! Não sei exatamente porque. Acho que foi a primeira vez que tive contato de verdade com a complexidade das relações humanas. Talvez tenha sido o primeiro filme que assisti, que tratou com sinceridade a realidade entre duas pessoas. Os filmes em sua maioria gostam muito de mostrar casais lindos, vidas perfeitas e finais felizes... no filme do Mike Nichols isso não acontece (exceto a parte do casais lindos).

SB - Qual seu estilo de música preferido?
HL - Rock, Pop.. Depende de onde estou, com quem, como.

SB - Um livro que tenha te marcado? Por que?
HL - Faço parte da geração que criou o hábito da leitura por causa do Harry Potter, então...

SB - Uma música que te marcou? Por que?
HL - Pigeon Suicide Squad, do Nelo Johann. Sempre que ouvir, vai me remeter à coisas que vivi durante o filme... nunca passo por essa ileso.

SB - Você gostava de Bob Dylan antes do filme?
HL - Comecei a ouvir Dylan por causa do filme. Hoje gosto muito!

quinta-feira, 26 de março de 2009

Plumas poéticas... Entrevista com Fabrício Carpinejar


Fabrício Carpinejar parece que respira, se alimenta, vive de poesia. Basta mandar um e-mail solicitando uma entrevista, como eu fiz, para ter uma amostra do universo do poeta: “É certo que vou responder. Vou escovar meus olhos em tuas palavras e logo volto carregado de plumas.” Uma simples correspondência on line vira poesia.
Realizei uma entrevista via e-mail com Fabro, como gosta de ser chamado, para a cadeira de Web Jornalismo, ele foi muito querido e atenciosamente respondeu, segundo o próprio, “com todo o amor”. Segue abaixo a entrevista na íntegra.


1 - Quando e como surgiu teu "eu" escritor?
Acho que surgiu o "ele" escritor.
A literatura me motiva a tomar a vida dos outros como se fosse minha.
É um pessoalismo altruísta, meio santo meio maldito: esvaziar-se de si. Sou o último a me ouvir.
Acredito que minha infância barulhenta de sinais me inspirou a deixar lentamente um testamento por escrito.
Ou pode ser meu modo de devolver todas as frutas que roubei de meus vizinhos.


2 - O que mais te inspira a escrever?
O que ninguém amou ou percebeu o suficiente. Literatura é dar valor ao que estava na garagem, no porão, no quartinho de tralhas, e convencer de sua importância para a casa.

3 - Em que momento (do dia, fase da vida, estado de espírito) tu consideras mais propício para escrever?
Manhã, família em alvoroço, eu me sinto tremendamente vivo com os atrasos para a escola dos meus filhos. Em seguida, bebo café com neblina. A neblina é meu açúcar. Uso duas colheres de neblina no expresso.
Ou bem de noite, quando seguro minhas mãos cansadas como um livro. Daí não vou fingir nada, só contar a verdade. O corpo não mente de madrugada.

4 - Em tuas crônicas, tanto no blog quanto em Canalha, aparecem muitas experiências pessoais. Normalmente, são situações por que tu realmente passou ou parte é criação associada à realidade?
São vidas reinventadas. Possíveis. Há uma emoção biográfica encharcando histórias imaginadas. Como escrevo é real, o que escrevo é criação.

5 - Quando tu relatas casos pessoais e cita outras pessoas, como quando fala dos teus amigo canalhas ou como no caso em que um vizinho teu reclamava do "pinga-pinga" do teu ar condicionado, estas pessoas não ficam brabas ou reclamam da exposição?
Quem entrou na minha vida, entrou também para dentro do livro. Não entendo o medo da exposição. Quem tem que ter medo da exposição é criminoso, não gente do bem. Aceitar nossas falhas e limites melhora o nosso humor. Ser processado por amor é o sonho de todo canalha.

6 - A que horas tu acorda? E que horas dorme?
Eu desperto 7h e durmo às 2h.

7 - Costuma ouvir música para escrever?
Não dá para ouvir música. Ela se infiltra nos textos tão poderosamente que passo a plagiar o ritmo. Não posso ser fiel a dois senhores: prefiro cuidar e ouvir o ritmo do texto, meu batimento cardíaco em cada tecla.

8 - No geral, que tipo de música tu gosta de ouvir? Cite algumas.
U-2, Stones, Nirvana, Radiohead, Tom Waits.

9 - O que te faz sorrir?
Quando meus filhos me imitam e eu - em seguida - me torno uma imitação deles.

10 - O que te faz chorar?
Incompreensão

11 - Se você não fosse você, quem gostaria de ser?
Ninguém, paguei minha personalidade à vista. Agora é me aceitar.

12 - Um livro que te marcou? Por que?
Cidades Invisíveis, de Italo Calvino. Toda mulher é uma cidade.

13 - Um filme que te marcou? Por quê?
O Campeão, de Franco Zefirelli, o primeiro que assisti. Meu pai recém havia saído de casa. Chorei num filme tudo o que um homem não chora toda a vida.

14 - Uma música que te marcou? Por quê?
Hurricane, de Bob Dylan. Pela sua capacidade de narrar e contagiar, por transmitir numa melodia a fúria alegre de uma luta de boxe.

15 - Se pudesse ser mulher por um dia, o que faria?
Ficaria o dia inteiro pensando o que um homem deseja e assim resolveria meus problemas.

16 - Uma qualidade sua?
Obsessão

17 - Um defeito seu?
Obsessão

18 - Uma característica essencial do Fabrício?
Amor incondicional - vou ao inferno para buscar o melhor buquê de fogo.

19 - Alguém que você admira?
Tarkovski, cineasta russo

20 - Alguém que você repudia?
Stalin.