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quinta-feira, 26 de maio de 2011

A emoção de estar bem perto de Paul McCartney


Quando Paul esteve em Porto Alegre em 2010, para seu primeiro show da turnê “Up and Coming” no Brasil, fomos assisti-lo na pista comum pensando que daria para enxergar bem. O show foi lindo, emocionante, obviamente. Mas ficamos com a sensação de sonho realizado pela metade, pois vimos um Paulzinho pequeno, sem distiguir seus traços e gestos, só mesmo através do gigantesco telão - ele pensa em todos mesmo. 


Quando surgiu os primeiros rumores sobre um show no Rio de Janeiro, vislumbramos uma grande chance, que pensávamos ser praticamente impossível: "Nunca pensei que ele pudesse vir a Porto Alegre, agora voltar ao Brasil será muito difícil". Felizmente, estávamos erradas, em seis meses aí estava ele de volta para nos fazer transbordar mais uma vez com essa energia inexplicável, que só ele é capaz de transmitir.


Depois de tudo confirmado, data, local, venda de ingressos, uma coisa ficou certa: só vamos a este show se for de Pista Prime, para dessa vez não perdermos a oportunidade de ver um Beatle realmente de perto. Com tanta determinação de nossa parte, o que parecia tão fácil, já começou como uma batalha. Nada de conseguir comprar ingresso na pré-venda. Nem mesmo na venda para o público em geral. Desolação total. Mas aí uma notícia surgiu como uma nova esperança: um segundo show. Nova ansiedade, agitação, nervosismo. Mas desta vez, as coisas foram tão fáceis que pareceu até brincadeira, o que foi difícil foi acreditar que no primeiro instante da pré-venda para o show do dia 23 de maio Ali, Juliana, Thati e eu estávamos com nossos ingressos comprados, tremendo e tentando falar ao telefone umas com as outras, em um misto de soluços pelas lágrimas de felicidade. Bom, com o mais difícil concluído, agora era só garantir as passagens para seguir rumo ao Rio no dia do show.


Com uma espera de pouco mais de um mês após a compra dos ingressos, muita coisa passou pela nossa cabeça, inclusive a realização de cartazes para uma tentativa de subir no palco, a exemplo das gurias que conseguiram este feito nos shows do ano passado. Como somos em quatro, a ideia era cada uma carregar uma letra para formar a palavra Help, que além de ser o nome da música e álbum dos Beatles, seria uma forma de chamar atenção. Ao virar os cartazes, cada um teria uma palavra para formar a frase: We want tattoo too (nós queremos tatuagem também), que não era a coisa mais original a se pedir, pois foi o que as meninas pediram em Porto Alegre, mas é a melhor maneira para marcar algo tão importante para nós. Claro que deixamos para a última hora e às vésperas do show estávamos fazendo os cartazes. Feitos com todo o nosso amor, ficaram lindos. 


Na noite de 22 para 23 de maio, não dormimos mais do que duas horas. Pouco mais de 5h rumamos para o aeroporto, pegar nosso vôo que saia às 7h05min. Munidas somente com os pertences mais necessários e nossos cartazes à tira colo, desembarcamos no Rio às 10h. Pegamos um táxi e partimos direto para a fila. Com pouco mais de 200 pessoas na nossa frente, garantimos nosso lugar ao sol a partir das 11h. E bota sol naquilo, a sensação era de uns 40ºC. Mesmo preparadas com nossos guarda-chuvas, o calor era muito forte e ao longo do dia, aumentava ainda mais a sensação de cansaço. Sorte que o Norte Shopping é bem próximo ao Engenhão, e pudemos nos revezar para ir almoçar decentemente e nos refrescar um pouco no ar condicionado. Sorte também, que alguém teve a brilhante ideia de fazer uma lista com nomes por ordem de chegada, que contemplou pelo menos os 300 primeiros, e a organização do evento se preocupou em presevar esta lista. Assim, na hora da correria da entrada, não teve aquele bolo de gente se atravessando uns na frente dos outros e ninguém foi prejudicado, como acabou acontecendo em Porto Alegre. 


Ainda na fila, já se via uma mistura de pessoas de todo o lugar do país e até de fora. É incrível como um músico como o Paul consegue atrair tantas pessoas, que não medem a distância que terão que percorrer, desde que consigam vê-lo. Alguns dos que vimos vinham de Belém, Florianópolis, Vitória e até Peru.
Depois de muito cansaço e espera, chegou o aguardado momento da abertura dos portões. Um pequeno alívio que seria seguido por uma nova espera de mais quatro horas ainda. Quando passamos a entrada, a exaustão deu lugar a um fôlego de maratonista. Todos correram para garantir o melhor lugar na Prime. Quando chegamos já haviam mais ou menos cinco filas de pessoas após a grade. Avistamos a pequena distância que nos separava do palco e a emoção rapidamente tomou conta. "Não acredito, é muito perto!". Fomos às lágrimas. Cheguei a ligar para meu namorado e minha mãe para dividir a notícia e mal pude falar, tamanha emoção.

O único erro da organização do show  foi a apresentação de abertura. Uma apresentação de um Beatle não pode ter show de abertura, ainda mais com um DJ tocando versões que quem é fã dos Beatles, definitivamente, não quer ouvir. Infelizmente o cara acabou sendo vaiado. Não devia, não tem culpa de ter sido convidado.

Por volta de uma hora antes do início do show, o aperto estava grande. Todos querendo chegar o mais próximo possível. Mas tínhamos que aguentar, afinal, saímos de Porto Alegre com o intuito de ver a doce carinha do vovô Paul de perto. Pontualmente às 21h30min. Sir. Paul McCartney adentra o palco, lindamente vestido com terno e gravata. Parecia mentira, mas ele estava bem ali na nossa frente. Podíamos até enxergar as gotinhas de suor que caíam do seu cabelo ao longo do show. 


Quanto aos nossos cartazes, combinamos de levantá-los somente durante os intervalos para troca de instrumento, para não atrapalhar ninguém. Mesmo assim, o pessoal foi muito incompreensivo e violento. Gritavam para abaixar cada vez que erguiámos. Até que uma de nós chegou ao extremo de levar um tapa na cabeça por isso, absurdo. Aí fomos obrigadas a desistir do nosso sonho, por uma intolerância desmedida. Mas não nos deixamos abalar e a emoção do show seguiu.

Cada música era especial. E a simpatia dele, incomparável. Sempre fazendo dancinhas, brincadeiras, se esforçando para falar português e até arriscando um "carioquês". Esses detalhes que fazem toda a diferença e nos cativam ainda mais. Desde o show Porto Alegre, quando ele chegou a se juntar ao coro e entoou o grito: "Ah, eu sou gaúTcho!", eu dizia que ele é o Paul, simplesmente um Beatle, não precisava fazer nada disso, que todos já amariam ele. Mas se preocupa em retribuir nosso carinho e adoração e faz muito mais e isso faz ele ser ainda mais especial para nós. 


Era evidente que ele e todos os músicos estavam se divertindo tanto quanto nós, o público. Seus sorrisos a todo momento não mentiam. 


Para mim, momentos de grande emoção são quando ele canta uma música e diz que a dedicou a algum dos ex-companheiros. É uma hora em que cai uma ficha gigante, faz pensar: "Pô, eles existiram de verdade e um deles está aqui na minha frente agora. Ajudou a criar tudo de lindo dos Beatles, esteve ao lado de John, George e Ringo, e está aqui agora". Isso não tem preço.


Outro momento de extrema euforia, foi quando surgiu I Saw Her Standing There no bis, uma música muito divertida do tempo dos Beatles e que normalmente não entra no setlist. Foi uma ótima surpresa.


Um show do Paul não deveria acabar. É essa a sensação que fica. E aumenta ainda mais a vontade de querer outros, e depois do "atê a prrroxima" dele ao encerrar a apresentação, parece que realmente podemos esperar por mais. E esse show me fez pensar em como nós temos sorte de ser recíproco o sentimento. Dele estar gostando tanto de tocar no Brasil, que veio duas vezes tão seguidamente. E como é bom ter o nosso carinho retribuído por um artista tão grandioso. Sem dúvidas é o melhor artista vivo. Carrega algo único e inexplicável, que nenhum outro artista possui. Transmite uma energia incrível, e ainda é super simples e humilde. Sente-se amado por nós e retribui.

Sendo assim, tanto esforço para vê-lo vale a pena. Após o show, seguimos direto para o aeroporto, mas nosso vôo partia somente às 7h56min. Fazer o quê, o jeito era se acomodar, tentar dormir e esperar. Alguns outros fãs guerreiros dividiram a mesma experiência. Depois de um dia inteiro dedicado ao show, o que mais queríamos era a nossa cama para descansar, mas pelo show incrível valiam a pena mais algumas horas, praticamente, sem descanso.

Como na vida a gente nunca para de querer, quando conquistamos algo, já estamos querendo mais, o próximo objetivo é um show na HotSound. Para garantir uma passagem de som só para a gente e garantir a grade. Agora nos resta ficar na expectativa de que ele volte novamente. 
Aqui um exemplo de que ele realmente retribui nosso carinho.

“Estar no Rio foi fantástico desde o minuto que pousamos. A multidão em volta do hotel era ‘bananas’ (maluca). Eles eram loucos e a atmosfera foi crescendo até fazermos os shows. Eu amo o Brasil. Eu amo o fato que eles amam música, é uma nação muito musical. Eu se eu amo música e eles amam música, então é uma conexão natural. Fãs de todas as idades estavam nos shows. Tinha um enorme grupo de fãs jovens, que eu amo, e também tinha seus pais e até seus avós. Então era uma enorme variação de idade. O entusiasmo pela minha música era simplesmente sensacional. Todos nós da banda curtimos esse momento maravilhoso e nós agradecemos aos fãs por tornarem tudo tão excitante. 
Quando tocamos ‘Hey Jude’ e pedi a plateia para cantar ‘na na na na’s', de repente todos mostraram cartazes. Foi uma coisa muito visual. Foi muito emocionante porque os fãs tiveram todo este trabalho. Ele poderiam ter apenas vindo ao show e assistido, mas eles se falaram antes para criar este momento tão especial. Ele se conectaram uns com os outros, depois conectaram-se conosco e com a equipe inteira. Todos se sentiram unidos. Foi muito excitante e emocionante ver que as pessoas se importam tanto”. 

Paul McCartney

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Algumas músicas queridas: Pato Fu e Thiago Pethit

Eu não sou nenhuma fã de Pato Fu, bem longe disso, mas admiro a banda, principalmente, por eles sempre buscarem inovação. Prova disso é a última novidade dos mineiros: um disco inteiro tocado com instrumentos de criança. Resolveram roubar os brinquedos dos filhos para lançar o álbum Música de Brinquedo, em que fazem covers de Elvis, Rita Lee, Beatles, entre outros. Eles tiveram que aprender a tocar os mini-instrumentos, o que, segundo os própiros, não foi fácil, mantiveram os arranjos originais das músicas e até seus filhos entraram na onda, fazendo divertidos e desafinados backing vocals.

Confere como ficou a versão de "Live And Let Die", do Paul McCartney:



Conheci o Thiago Pethit uma noite dessas no Altas Horas. Peguei o programa pela metade, mas simpatizei com a música de cara. Pianinho agradável, voz suave e letra delicada. O paulistano lançou seu primeiro álbum, Berlim, Texas, este ano e já vem sendo super elogiado. Tive a impressão de que nem tudo está perdido na música feita por jovens brasileiros.

O clipe de "Mapa-Múndi" é tão querido quanto a música:

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Musiquinha para animar a véspera de feriado


Esses dias estava com uma vontade de ouvir música nova, conhecer uma banda ainda desconhecida para mim. Eis que chega o Klaus com uma banda que ele descobriu em um show que estava passando no Multishow. O nome da banda é White Lies. É composta por quatro caras da Inglaterra e foi formada em 2007. Não é assim a coisa mais original surgida nos últimos tempos - até porque lembra um pouco o estilo The Killers de ser -, mas o som é bem legalzinho. Por ser uma banda recente, eles têm apenas um disco lançado até agora, que é o To Lose My Life. É uma boa para animar a noite de véspera de feriado.

Confere aí duas das mais legais (para mim, pelo menos):




quarta-feira, 31 de março de 2010

Os Fluorescent Adolescents Cresceram

Sarcasmo juvenil no surgimento da banda

Demorei a escrever sobre o Humbug, terceiro álbum do Arctic Monkeys, porque também demorei a digerir o disco. Não por ser ruim, bem pelo contrário, é muito bom. Mas demorei a me acostumar com a metamorfose da banda. Pois é, os Fluorecent Adolescents cresceram e mudaram. E as mudanças não ficam só no visual, de cabelos compridos e rostos sombrios. Refletem na sonoridade e nas letras de Humbug e nos novos clipes.

O álbum inteiro traz faixas com clima bem mais pesado do que estávamos acostumados a ouvir do quarteto britânico. Quando começa My Proppeler, a primeira de Hambug, é difícil se acostumar com o novo tom arrastado e meolancólico adotado por Alex Turner. E isso aparece até mesmo nos backing vocals, outrora simplemente gritados, agora têm uma sonoridade quase fantasmagórica. Logo depois vem Crying Lightning, o primeiro single e tem tudo para ser um dos grandes destaques do disco, com guitarras mais pesadas na hora certa e sons sombrios, que dão a essência de todas as faixas do álbum. Apesar da sombriedade (se é que existe esta palavra), o som dos Monkeys não se torna em nenhum momento monótono, não perde a vitalidade. Isto se deve, em parte, às baquetas nervosas de Matt Heldres. Não tão energéticas quanto nos dois primeiros discos, mas aparecem da forma necessária.

Cabeludos em sombrios na nova fase

Em Humbug também há espaço para a suavidade de Cornestone. Uma balada querida e com ar de final de romance. Simples e linda. Um pouco depois, em Pretty Visitors, temos uma bela visita das antigas animadas guitarras e bateria de Arctic Monkeys, mas é só um revival para matar a saudade e, quem sabe, a despedida de vez dos antigos Macacos do Ártico.

Humbug é um álbum redondinho na sua essência. E bom do início ao fim, é viciante e não deixa nada a desejar quanto à qualidade. Por isso, o novo Arctic Monkeys conquista. O problema, que foi o que me fez demorar a digerir o novo som, é que deixa a dúvida: ok, gostei da nova roupagem, mas não teremos mais aquelas músicas de batidinhas rápidas e rasteiras e sarcasmo juvenil, que trouxeram a banda à tona, nunca mais? Se for assim, fico com dois corações, porque gostei muito do novo Arctic Monkeys, mas sentirei saudades do que me arrebatou de primeira.

Assista o clipe de Crying Lightning:

sexta-feira, 26 de março de 2010

quinta-feira, 25 de março de 2010

LP Divertido - Uma música para mim


Como é bom ter uma amiga jornalista, chargista, imitadora nas horas vagas, piadista o tempo todo, 100% criativa, instrumentista e compositora. Eu estou falando da Amanda Porterolla - Amandinha, Amandita, Mandica! -, a dona do Asterisco Rock and Roll. Sabe por que é tão legal ter uma amiga multi-inteligências? Porque ela nos presenteia com as coisas mais originais.
Eu já ganhei feliz aniversário do Dikie e Mooh, charge da minha pessoa e até história em quadrinhos das minhas próprias histórias. Mas agora, ela se superou. Me presenteou com uma das coisas que eu mais gosto na vida: uma música! Imagina só, uma música minha, que fala de várias coisas que eu gosto, sobre mim, pra mim! Fiquei muito feliz e resolvi postá-la aqui. Aproveitando, tenho que divulgar mais um pouquinho do trabalho desta compositora nata e posto, também, a música Jackie, que eu também acho muito legal.
Ah, e inspirada no nome da minha música, LP Divertido, separei umas imagens de LP's bem divertidos que eu encontrei pela internet. Curte as músicas, enquanto confere as imagens!

LP Divertido



Jackie











sábado, 20 de março de 2010

Franz Ferdinand em Porto Alegre: O Show


A noite vinha chegando junto com o público, ainda tímido perto das 19h. A espera ainda era longa, nada comparado com a do Guns, mas longa. Afinal, lá se foram seis meses desde que os ingressos começaram a ser vendidos. Mas o que eram mais algumas horinhas para quem já havia esperado tanto tempo? Na verdade era uma eternidade, quanto mais se aproximava a hora do show, mais aumentava a ansiedade, a expectativa.
A entrada parece que é um alívio. A fila andando, as pessoas se posicionando próximas ao palco, quanto mais perto melhor, mais apertado, mais calor... ah, mas mais perto deles! Quanto mais perto, dá a impressão de fazer parte do show, é como uma extensão do palco, da banda. O local do show, Pepsi on Stage, era menor do vínhamos imaginando. De qualquer lugar que se escolhesse dava para ver o palco mais ou menos bem. Quando entramos os mais apressados já haviam roubado e agarrado com todas as suas forças os lugares nas primeiras filas. Mas ficamos ainda bem perto.

Depois do lugar escolhido, mais espera. Pior que esperar, é esperar com um péssima trilha sonora. Acho que o DJ que antecipava o show não fazia ideia de quem adentraria o palco naquela noite, pois o repertório estava repleto de tunt-tunts do momento e depois um CD i-n-t-e-r-m-i-n-á-v-e-l do Rappa! Pô, pelo menos podia ter tocado algo mais a ver com o estilo do show.
O fim da espera pareceu menos distante quando, lá pelas 21h15min, a Pública entrou no palco. A maioria do público, aparentemente, curtiu o show. Na minha opinião, o Franz merecia banda de abertura melhor, a Pública é muito fraquinha. Durante a apresentação da banda portoalegrense, timidamente, no cantinho do palco Alex Kapranos e Nick McCarty curtiam o show. Por essa atitude já se percebe a simplicidade dos caras. Se fossem outras bandas posers por aí, não apareceriam em público antes de começar o seu show. Provavelmente eles não queriam roubar a cena, mas a presença de parte do FF no palco só fez aumentar a ansiedade pelo térimino da apresentação da Pública, para a entrada da atração principal da noite.
Terminado o show da Pública, últimos ajustes no palco para a apresentação do FF. E a trilha para a "apresentação" dos roads foi uma salsa esquisita. Não satisfeito, o DJ solta um funk. Pediu para ser vaiado. Mas vai saber né, vai que foi o Kapranos que pediu para ouvir um funk. Gringo tem uma curiosidade com essa vertente musical brasileira.


Quando o corpo já começava a dar sinais de cansaço pela espera, aproximadamente 22h15min apagam-se as luzes. Apenas refletores azuis passeiam pelo palco. E eles entram. A euforia tomou conta do Pepsi on Stage. Para mim, um misto de euforia, felicidade e emoção. Ao primeiro acorde de Bite Hard as lágrimas brotaram. O que passou na cabeça foi a longa espera que finalmente culminara no show do Franz. E foi muito mais do que a espera na fila, espera pelos meses desde que o ingresso foi comprado. A espera vinha desde 2004, quando conheci Take me Out e foi amor à primeira audição. Logo após, ganhei o CD do FF em uma promoção e desde então passei a esperar por uma apresentação ao vivo deles. Desde então eles se tornaram uma das minhas bandas favoritas e quando entraram no palco me dei conta disto. De que se tratava do primeiro show que eu assistia do qual era inteiramente fã, que conhecia todas as músicas, músicas que já vinham me acompanhando por um bom tempo, que me já me divertiram e emocionaram e que, naquela hora, seriam apresentadas pela primeira vez ao vivo, na minha frente. Parece exagero, mas música representa algo muito intenso pra mim, interfere muito no meu modo de ser, até no meu humor. Por isso, estar prestes a conferir muitas das minhas músicas preferidas representava muito para mim. Até porque, o ao vivo é a parte mais importante para um apreciador de música. Se compra o CD, se baixa a música, imaginando ela sendo tocada no show . Poder ver de perto cada instrumento em harmonia, compondo um único som. E isso ganha uma relevância ainda maior, quando se pensa que muitas bandas já não existiam mais antes mesmo de você começar a gostar e o ao vivo ficará só na imaginação e nas imagens de alguma forma registradas. Pensando assim, assistir ao show de uma das grandes bandas da época vigente merece valor extimado.


Mas agora, mesmo me distanciando do meu "eu fã" para comentar o show, não posso deixar de dizer que foi incrível. Os caras são contagiantes, carismáticos, simpáticos e muito animados. Tudo bem que o baixista Bob Hardy e o baterista Paul Thompsom ficam mais na deles, mas nem por isso o show perde qualidade. Mas quem comanda a festa mesmo é o vocalista Alex Kapranos e o guitarrista Nick McCarty. Incorporam a empolgação das músicas e pulam o tempo todo, interagindo com o público, que conta ainda com o bônus das dancinhas de Kapranos e todo o seu rebolado. Mas o público foi completamente dominado quando o dedicado vocalista resolveu mostrar seus conhecimentos em língua portuguesa. Saiu muito mais do que um singelo "obrrrigado", como as bandas costumas fazer para agradar o público brasileiro. Kapranos mandou "Vocês estão bem?", "Mais alto!", "Tá bacana!" e ainda terminou apresentando toda a banda em português e agradecendo com um "Muito obrrrigado!".
O repertório foi desde para quem conhececia todos os álbuns, mesclando músicas do primeiro ao terceiro, até quem foi só pelos hits, pois nenhum deles ficou de fora. Mas a maioria do público parecia mesmo fiel, pois acompanhavam, no mínimo, o refrão de cada música.


Além de o show ter sido uma experiência inédita para mim, um outro acontecimento resolveu marcar sua estreia em minha vida, justo neste 18 de março. Lá pela metade do show comecei a me sentir extremamente cansada. Ainda pensei que tinha perdido a prática de acompanhar grandes shows. Mas o cansaço só foi aumentando, se transformando em fraqueza. Foi quando comecei a engergar o palco e os quatro integrantes do FF em formato de megapixels e uma sensação de TV sendo desligada. Pensei que era uma espécie de vertigem e ia passar. Mas de repente parecia que a TV em frente aos meus olhos estava cada vez mais próxima de se apagar por completo e então percebi que algo estava errado. Tratei de sair do meio da multidão, em plena Ulysses. Tomei um ar, fui até o banheiro lavar o rosto. E fazendo um parêntese, me chamou a atenção que muitas meninas se olhavam no espelho e se arrumavam enquanto Franz Ferdinand estava no palco. Achei estranho porque só fui até o banheiro porque realmente precisava, caso contrário, não arredaria pé enquanto o show não terminasse. Bem, mas após lavar o rosto me senti 100% novamente, pronta para me encaminhar para o meio da multidão novamente. O que me chateou foi que no meio da caminho começou a tocar The Fallen, uma das mais esperadas por mim, que me acompanhou até que eu conseguisse chegar, por incrível que pareça, exatamente no mesmo lugar em que me encontrava antes.
Faltando poucas músicas para o término do show, justo no final de Outsiders, quando todos se unem na frente do palco para tocar bateria, compondo um som incrível, nova visão de megapixels. Mas antes que se agravasse tratei de ir para um lugar com mais espaço, infelizmente bem mais distante do palco, mas, consequentemente, com mais ar. Não era a mesma coisa, mas, pelo menos, consegui terminar de assistir o show sem desmaiar no meio da multidão.
Uma das últimas músicas foi Jacqueline, na verdade um trecho dela com uma nova roupagem, com refrão lento como em seu início. Ficou faltando àquele baixo bem pegado e o seguimento acelerado. Outra coisa que faltou foi a parte que eu mais gosto do refrão de Lucid Drems, simplemente abolido da canção, mas não deixando de ser um dos pontos mais altos do show, juntamente com This Fire, que provocou uma explosão no público, com o perdão de trocadilho. E foi em Lucid Drems que o baterista, tão escondido ao longo de todo o show, ganhou uma apresentação solo, dividindo o palco somente com o sintetizador. Por, aproximadamente dez minutos, o show tomou forma de danceteria e todos se acabaram dançando ao ritmo daqueles sons eletrônicos com a enérgica bateria de Paul Thompson. Para fechar a apresentação, a mesma risada que encerra Thriller, do Michael Jackson.
Foi realmente um show incrível. É uma pena que tanta espera se acabe em, aproximadamente, duas horas. Saímos satisfeitos, mas já imaginando quando eles voltarão para o próximo.


Curiosidade: A minha ligação com o Franz é repleta de promoções. Quando adquiri o primeiro CD, em 2004, foi através de uma promoção da Rádio Pop Rock, em que a primeira pessoa que ligasse ao ouvir Take me Out na programação, ganhava o CD e uma camiseta. E agora para o show, claro que eu já havia comprado o ingresso há muito tempo, mas participei de uma promoção da agência de estágios IEL, em que a primeira pessoa que desse um RT em uma determinada mensagem deles via Twitter, ganhava um ingresso! Assim, pude levar meu namorado Klaus, que aprendeu a gostar de Franz comigo e, além de curtir muito o show, foi essencial quando eu passei mal.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Provável Set List e aperitivo para o Franz


Abaixo, o Set List que o Franz Ferdinand apresentou no show na Argentina. Provavelmente teremos algo parecido hoje. Vai ouvindo e aquecendo!

1. Bite Hard
2. The Dark of The Matinee
3. Do You Want To?
4. Can`t Stop Feeling
5. Van Tango
6. Michael
7. This Boy
8. Walk Away
9. What’s She Came For?
10. Take Me Out
11. Ulysses
12. The Fallen
13. Turn In On
14. 40ft
15. Outsiders

16. Jacqueline
17. No You Girls
18. Tell Her Tonight
19. Shopping For Blood
20. This Fire
21. Lucid Dreams


Só para dar um aperitivo, veja dois vídeos do show que os hermanos conferiram. Todos juntos tocando bateria no final de Outsiders foi incível! Tomara que eles façam isso hoje também!




sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Franz em Porto Alegre, finalmente!!

Até que enfim os organizadores de shows de Porto Alegre criaram vergonha na cara e trarão à cidade uma das melhores bandas da atualidade: Franz Ferdinand!

Eu fiquei de cara todas as vezes que eles vieram ao Brasil e não deram nenhuma passadinha por aqui. Mas agora está confirmado: 18 de março de 2010, no Pepsi on Stage. Decidi, será meu presente de formatura. Vou correndo garantir meu lugarzinho na beira do palco, pois os ingressos já estão à venda, confere aqui os pontos de venda.

Vamos ouvindo algumas para entrar no clima:



terça-feira, 8 de setembro de 2009

Modern Kid - Júpiter mais moderno do que nunca

Felipe Maia, Astronauta Pinguim, Luiz Thunderbird e Jupiter Maçã / FotoEdu César
Felipe Maia, Astronauta Pinguim, Luiz Thunderbird e Jupiter Maçã / Foto:Edu César

Tenho uma relação de amor e ódio com o Júpiter Maçã. Uma hora acho ele genial, com todo o seu potencial criativo e inovador para compor suas músicas. Depois me irrito com tamanha maluquice nos shows, por ele não cantar direito, ficar viajando e avacalhar com as músicas ao vivo. Mas daqui a pouco sou obrigada a me render com tamanho talento e versatilidade.

E é totalmente rendida que me encontro agora, depois de ter ouvido a música Modern Kid. Se tem uma coisa que eu admiro muito em um artista, seja ele músico, ator etc., é versatilidade. E nessa música Júpiter faz algo totalmente diferente de tudo que já vi e ouvi dele. A começar pelo timbre, que destoa inteiramente do que até pouco tempo atrás, mesmo sem ele ser um "banana" (como na Marchinha Psicótica de Dr. Soup), lembrava algo a la Caetano. Se for para comparar, agora está bem mais para Alex Kapranos. Percebe a versatilidade!?

Mas isso é Júpiter, é reinventar, buscar no antigo algo novo, misturar, modernizar, inovar. Inovação é a palavra que resume Modern Kid. Com uma sonoridade bem modernosa, a faixa anima, te faz dançar e soa bastante pop, para uma música do Júpiter. Talvez parte da inovação tenha sido uma colaboradinha dos músicos que estão acompanhando o cara: Luiz Thunderbird, Astronauta Pinguim, Felipe Maia e Dustan Gallas.

E, claro, não poderia deixar de comentar o clipe que, vejam só, está concorrendo nada mais nada menos que MELHOR VIDEOCLIPE DO ANO NO VMB 2009! Dirigido por, André Peniche, o vídeo mostra um pouco do universo jupiteriano, um ambiente com alguns móveis antigos ,tipo brechó ou antiquário, e outras coisas meio futuristas, e no meio de tudo, além da banda, o Júpiter e suas dancinhas malucas dão o toque final.

No mais, o clipe e a música falam por si. Confira!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Inegavelmente, o Rei do Pop


Nesta quinta-feira, 25 de junho de 2009, aos 50 anos, o Rei do Pop, Michael Jackson, deu adeus a milhares de fãs espalhados pelo mundo inteiro.

Cresci ouvindo os cássicos Beat it, Trhiller, Bad, assistindo ao filme Moonwalker. Sempre gostei das músicas e das danças. Passei a admirar tanto as coreografias dos clipes, que consegui decorar parte da famosa coreografia dos zumbis (ainda aprendo por completo) e cheguei a sonhar que perguntei ao próprio, se foi algum tipo de efeito ou se foi real, o trecho de Smooth Criminal em que ele e os dançarinos se inclinam para frente e não caem.

Contudo, somente de alguns anos para cá é que fui me dar conta da dimensão e da importância que o ícone Michael Jackson teve para a música pop. Ele inovou, principalmente, com seus passos de dança, únicos, e seus vídeo clipes, que eram, praticamente, curta-metragens. Ele realmente tinha domínio sobre o que fazia, manjava da música pop como ninguém. Foi um artista completo, se dedicando a tudo que estava ligado a sua música: composição, coreografias, produção de vídeo clipes e de suas marcas registradas, como a luva e o passo moonwalk. Não é atoa que se tornou uma referência e segue influenciando artistas de diferentes estilos. Seu talento já estava mais do que provado desde a infância, com os Jackson Five.

Teve nos anos 80 o auge de sua criatividade artística e sucesso, em que produziu Thriller, o álbum mais vendido da história, tendo ultrapassado a marca de 106 milhões de cópias. Infelizmente, anos depois, teve uma carreria conturbada, envolvimento em escândalos, processos e gerou toda uma polêmica em torno de sua aparência. Até hoje não se têm uma explicação concreta do que aconteceu com sua pele, que ao sofrer uma metamorfose, de negra se tornou branca.

Apesar dos pesares, ele revolucionou o mundo pop, isso é inegável. Fica aqui uma singela homenagem ao eterno King of Pop.

Estes são meus preferidos:





sexta-feira, 12 de junho de 2009

Músicas especiais para um dia especial




*Feliz dia dos namorados, especialmente para meu namorado! Klaus, te amo!


domingo, 31 de maio de 2009

Katherine Kiss Me

Perfeita para ouvir em dias preguiçosos de frio, debaixo das cobertas com um cobertor de orelha ou em um passeio noturno e chuvoso de carro.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Franz Ferdinand faz cover de Britney Spears (??)

É isso mesmo! Em recente participação no programa Live Lounge, na Radio 1, o Franz Ferdinand apresentou um cover um tanto quanto curioso para uma banda como a deles: Womanizer, da diva do pop (será??) Britney Spears . Se eu não conhecesse a música e alguém me dissesse que se trata do mais novo single dos caras, certo que eu acreditaria, pois não é que a música ficou bem legal na versão do FF!? Exeto pelo refrão, que na tentativa de Alex Kapranos de dar um tom mais agudinho para sua grave voz, obteve um resultado que soou meio engraçado.
Confere aí!


terça-feira, 12 de maio de 2009

Helter Skelter foi feita para minha formatura


Minha vida tem trilha sonora. Podia até ser uma série de videoclipes intermináveis. Onde quer que eu esteja, em qualquer situação, tenho a impressão de que existe uma música adequada para cada "cena". Perfeito, então, é quando é possível um fade in para a trilha entrar, efetivamente, na minha vida. Quando isso é possível? Formatura, por exemplo.

Uma das primeiras coisas que me vêm à cabeça quando penso na formatura que se aproxima, é na música que me acompanhará no recebimento do canudo. Até me surpreendi um dia desses em que perguntei para as gurias se já tinham escolhido a música delas, ao que a Priscila me responde: "Ah é? Tem uma música pra cada um?". Mel dels! A música da formatura é tão importante pra mim, primeiro porque eu adoooro música, depois porque ela vai marcar aquele momento pra toda a tua vida, sempre que ouvir vai lembrar daquele dia. As pessoas que estiverem presentes, também, sempre que ouvir a música vão lembrar de ti.

Desde que saí do Ensino Médio decidi que minha música de formatura do Ensino Superior seria Beatles. E logo no início do curso, lá pelo 2° semestre, pensei em Helter Skelter. Pra mim, música de formatura tem que ser intensa, super animada. É uma conquista, uma baita alegria. Não pode ser uma música lenta e emotiva. Tem que representar toda a tua felicidade. Tem que dar vontade de cantar, de dançar, de gritar. Não pode ser um dos clichês "Você não sabe o quanto eu caminheei..." ou "Valeu a pena, êêh...", que a letra pode até ter a ver com esforço, objetivo alcançado, mas tem que ter a ver contigo, com o teu momento.

Como sou muito indecisa, ultimamente andei pensando se escolheria Beatles mesmo, porque é tão difícil escolher uma só! Tem as da Feist que tem tanto a ver comigo, as do Michale Jackson, que são tão animadas... Mas não adianta, essas ocasiões pedem o mais clássico possível, algo que se goste do fundo da alma, tipo, A MELHOR BANDA DO MUNDO! Tem que ser Beatles! Mas será Helter Skelter mesmo? Tem taaantas que eu gosto... Bom, entre muitas baladas do Paul, que quase sempre ficou com as mais lentinhas, Helter Skelter é mais explosiva de suas composições. Ele é meu Beatle preferido e a música suuper agitada, do jeito que eu gosto. Perfeito! Posso até imaginar minha entrada: a música começa devagarinho: "When I get to the bottom I go back to the top of the slide, Where I stop and I turn and I go for a ride", nisso eu vou andando e subindo as escadas, enquanto a música também sobe. Quando chego no palco e recebo o diploma, vibro: "Till I get to the bottom and I see you agaaaain! Yeah, yeah, yeah, yeeeah!!". Me convenci, Helter Skelter foi feita para minha formatura! Tudo bem, a letra não tem nada a ver com colação de grau... ah, mas a melodia sempre me conquista antes da letra, azar.

Não resisti e resolvi publicar logo 2 versões de Helter Skelter que achei no You Tube. Uma eu acho que o Paul estava em fase de composição, lindo, e a outra mostra bem a intensidade da música.




quarta-feira, 29 de abril de 2009

Mais do mesmo, mas com qualidade


Forte influência dos anos 80, mas com uma roupagem atual e um pesinho no rock n' roll. Muitas letras sobre relacionamentos, mas de maneira despojada, hum... sarcástica. Em resumo, rocksinho dançante, divertido, contagiante. Do que estou falando? Tonight, o mais recente cd do Franz Ferdinand. Por acaso essa descrição tá te lembrando os dois álbuns anteriores da banda? Pois é, Franz Ferdinand é isso e ponto. Podem acrescentar uma coisinha aqui, tirar outra alí, mas a essência permanece a mesma. O quarteto escocês de Glasgow, faz rock dançante e agrade a quem agradar.
Não sei por que cargas d'água, minha intuição para esse cd era de que o Franz ia se arriscar mais no rock n' roll. Acho que pensei o mesmo antes de You could have it so much better (2005). Mas foi desatenção minha, pois na última faixa do 2° cd, eles dão a dica com Outsiders. É a faixa mais eletrônica e cheia de barulhinhos esquisitos do álbum. Parece ter sido o ponto de partida para Tonight.
Agora resolvi me convencer que a cada novo trabalho dos caras temos um "mais do mesmo", mas com qualidade! Quer dizer, não é que eles se tornem repetitivos. É que não apresentam assim, uma grande novidade, algo surpreendente. Vão inovando aos poucos. Por exemplo, Tonight é o álbum que mais trabalha elementos eletrônicos até agora. É tanto barulhinho compondo as músicas, que dá vontade de ser um mosquinha para estar no estúdio nas horas de gravação e descobrir de onde sai tantos sons diferentes.
As mais contagiantes do cd, do tipo "impossível ficar parado", são Ulysses, No You Girls e Send Him Away. Não fugindo à regra, o álbum também traz uma ou outra baladinha, das quais a mais legal é Katherine Kiss Me.