Mostrando postagens com marcador my world my travels. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador my world my travels. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A emoção de estar bem perto de Paul McCartney


Quando Paul esteve em Porto Alegre em 2010, para seu primeiro show da turnê “Up and Coming” no Brasil, fomos assisti-lo na pista comum pensando que daria para enxergar bem. O show foi lindo, emocionante, obviamente. Mas ficamos com a sensação de sonho realizado pela metade, pois vimos um Paulzinho pequeno, sem distiguir seus traços e gestos, só mesmo através do gigantesco telão - ele pensa em todos mesmo. 


Quando surgiu os primeiros rumores sobre um show no Rio de Janeiro, vislumbramos uma grande chance, que pensávamos ser praticamente impossível: "Nunca pensei que ele pudesse vir a Porto Alegre, agora voltar ao Brasil será muito difícil". Felizmente, estávamos erradas, em seis meses aí estava ele de volta para nos fazer transbordar mais uma vez com essa energia inexplicável, que só ele é capaz de transmitir.


Depois de tudo confirmado, data, local, venda de ingressos, uma coisa ficou certa: só vamos a este show se for de Pista Prime, para dessa vez não perdermos a oportunidade de ver um Beatle realmente de perto. Com tanta determinação de nossa parte, o que parecia tão fácil, já começou como uma batalha. Nada de conseguir comprar ingresso na pré-venda. Nem mesmo na venda para o público em geral. Desolação total. Mas aí uma notícia surgiu como uma nova esperança: um segundo show. Nova ansiedade, agitação, nervosismo. Mas desta vez, as coisas foram tão fáceis que pareceu até brincadeira, o que foi difícil foi acreditar que no primeiro instante da pré-venda para o show do dia 23 de maio Ali, Juliana, Thati e eu estávamos com nossos ingressos comprados, tremendo e tentando falar ao telefone umas com as outras, em um misto de soluços pelas lágrimas de felicidade. Bom, com o mais difícil concluído, agora era só garantir as passagens para seguir rumo ao Rio no dia do show.


Com uma espera de pouco mais de um mês após a compra dos ingressos, muita coisa passou pela nossa cabeça, inclusive a realização de cartazes para uma tentativa de subir no palco, a exemplo das gurias que conseguiram este feito nos shows do ano passado. Como somos em quatro, a ideia era cada uma carregar uma letra para formar a palavra Help, que além de ser o nome da música e álbum dos Beatles, seria uma forma de chamar atenção. Ao virar os cartazes, cada um teria uma palavra para formar a frase: We want tattoo too (nós queremos tatuagem também), que não era a coisa mais original a se pedir, pois foi o que as meninas pediram em Porto Alegre, mas é a melhor maneira para marcar algo tão importante para nós. Claro que deixamos para a última hora e às vésperas do show estávamos fazendo os cartazes. Feitos com todo o nosso amor, ficaram lindos. 


Na noite de 22 para 23 de maio, não dormimos mais do que duas horas. Pouco mais de 5h rumamos para o aeroporto, pegar nosso vôo que saia às 7h05min. Munidas somente com os pertences mais necessários e nossos cartazes à tira colo, desembarcamos no Rio às 10h. Pegamos um táxi e partimos direto para a fila. Com pouco mais de 200 pessoas na nossa frente, garantimos nosso lugar ao sol a partir das 11h. E bota sol naquilo, a sensação era de uns 40ºC. Mesmo preparadas com nossos guarda-chuvas, o calor era muito forte e ao longo do dia, aumentava ainda mais a sensação de cansaço. Sorte que o Norte Shopping é bem próximo ao Engenhão, e pudemos nos revezar para ir almoçar decentemente e nos refrescar um pouco no ar condicionado. Sorte também, que alguém teve a brilhante ideia de fazer uma lista com nomes por ordem de chegada, que contemplou pelo menos os 300 primeiros, e a organização do evento se preocupou em presevar esta lista. Assim, na hora da correria da entrada, não teve aquele bolo de gente se atravessando uns na frente dos outros e ninguém foi prejudicado, como acabou acontecendo em Porto Alegre. 


Ainda na fila, já se via uma mistura de pessoas de todo o lugar do país e até de fora. É incrível como um músico como o Paul consegue atrair tantas pessoas, que não medem a distância que terão que percorrer, desde que consigam vê-lo. Alguns dos que vimos vinham de Belém, Florianópolis, Vitória e até Peru.
Depois de muito cansaço e espera, chegou o aguardado momento da abertura dos portões. Um pequeno alívio que seria seguido por uma nova espera de mais quatro horas ainda. Quando passamos a entrada, a exaustão deu lugar a um fôlego de maratonista. Todos correram para garantir o melhor lugar na Prime. Quando chegamos já haviam mais ou menos cinco filas de pessoas após a grade. Avistamos a pequena distância que nos separava do palco e a emoção rapidamente tomou conta. "Não acredito, é muito perto!". Fomos às lágrimas. Cheguei a ligar para meu namorado e minha mãe para dividir a notícia e mal pude falar, tamanha emoção.

O único erro da organização do show  foi a apresentação de abertura. Uma apresentação de um Beatle não pode ter show de abertura, ainda mais com um DJ tocando versões que quem é fã dos Beatles, definitivamente, não quer ouvir. Infelizmente o cara acabou sendo vaiado. Não devia, não tem culpa de ter sido convidado.

Por volta de uma hora antes do início do show, o aperto estava grande. Todos querendo chegar o mais próximo possível. Mas tínhamos que aguentar, afinal, saímos de Porto Alegre com o intuito de ver a doce carinha do vovô Paul de perto. Pontualmente às 21h30min. Sir. Paul McCartney adentra o palco, lindamente vestido com terno e gravata. Parecia mentira, mas ele estava bem ali na nossa frente. Podíamos até enxergar as gotinhas de suor que caíam do seu cabelo ao longo do show. 


Quanto aos nossos cartazes, combinamos de levantá-los somente durante os intervalos para troca de instrumento, para não atrapalhar ninguém. Mesmo assim, o pessoal foi muito incompreensivo e violento. Gritavam para abaixar cada vez que erguiámos. Até que uma de nós chegou ao extremo de levar um tapa na cabeça por isso, absurdo. Aí fomos obrigadas a desistir do nosso sonho, por uma intolerância desmedida. Mas não nos deixamos abalar e a emoção do show seguiu.

Cada música era especial. E a simpatia dele, incomparável. Sempre fazendo dancinhas, brincadeiras, se esforçando para falar português e até arriscando um "carioquês". Esses detalhes que fazem toda a diferença e nos cativam ainda mais. Desde o show Porto Alegre, quando ele chegou a se juntar ao coro e entoou o grito: "Ah, eu sou gaúTcho!", eu dizia que ele é o Paul, simplesmente um Beatle, não precisava fazer nada disso, que todos já amariam ele. Mas se preocupa em retribuir nosso carinho e adoração e faz muito mais e isso faz ele ser ainda mais especial para nós. 


Era evidente que ele e todos os músicos estavam se divertindo tanto quanto nós, o público. Seus sorrisos a todo momento não mentiam. 


Para mim, momentos de grande emoção são quando ele canta uma música e diz que a dedicou a algum dos ex-companheiros. É uma hora em que cai uma ficha gigante, faz pensar: "Pô, eles existiram de verdade e um deles está aqui na minha frente agora. Ajudou a criar tudo de lindo dos Beatles, esteve ao lado de John, George e Ringo, e está aqui agora". Isso não tem preço.


Outro momento de extrema euforia, foi quando surgiu I Saw Her Standing There no bis, uma música muito divertida do tempo dos Beatles e que normalmente não entra no setlist. Foi uma ótima surpresa.


Um show do Paul não deveria acabar. É essa a sensação que fica. E aumenta ainda mais a vontade de querer outros, e depois do "atê a prrroxima" dele ao encerrar a apresentação, parece que realmente podemos esperar por mais. E esse show me fez pensar em como nós temos sorte de ser recíproco o sentimento. Dele estar gostando tanto de tocar no Brasil, que veio duas vezes tão seguidamente. E como é bom ter o nosso carinho retribuído por um artista tão grandioso. Sem dúvidas é o melhor artista vivo. Carrega algo único e inexplicável, que nenhum outro artista possui. Transmite uma energia incrível, e ainda é super simples e humilde. Sente-se amado por nós e retribui.

Sendo assim, tanto esforço para vê-lo vale a pena. Após o show, seguimos direto para o aeroporto, mas nosso vôo partia somente às 7h56min. Fazer o quê, o jeito era se acomodar, tentar dormir e esperar. Alguns outros fãs guerreiros dividiram a mesma experiência. Depois de um dia inteiro dedicado ao show, o que mais queríamos era a nossa cama para descansar, mas pelo show incrível valiam a pena mais algumas horas, praticamente, sem descanso.

Como na vida a gente nunca para de querer, quando conquistamos algo, já estamos querendo mais, o próximo objetivo é um show na HotSound. Para garantir uma passagem de som só para a gente e garantir a grade. Agora nos resta ficar na expectativa de que ele volte novamente. 
Aqui um exemplo de que ele realmente retribui nosso carinho.

“Estar no Rio foi fantástico desde o minuto que pousamos. A multidão em volta do hotel era ‘bananas’ (maluca). Eles eram loucos e a atmosfera foi crescendo até fazermos os shows. Eu amo o Brasil. Eu amo o fato que eles amam música, é uma nação muito musical. Eu se eu amo música e eles amam música, então é uma conexão natural. Fãs de todas as idades estavam nos shows. Tinha um enorme grupo de fãs jovens, que eu amo, e também tinha seus pais e até seus avós. Então era uma enorme variação de idade. O entusiasmo pela minha música era simplesmente sensacional. Todos nós da banda curtimos esse momento maravilhoso e nós agradecemos aos fãs por tornarem tudo tão excitante. 
Quando tocamos ‘Hey Jude’ e pedi a plateia para cantar ‘na na na na’s', de repente todos mostraram cartazes. Foi uma coisa muito visual. Foi muito emocionante porque os fãs tiveram todo este trabalho. Ele poderiam ter apenas vindo ao show e assistido, mas eles se falaram antes para criar este momento tão especial. Ele se conectaram uns com os outros, depois conectaram-se conosco e com a equipe inteira. Todos se sentiram unidos. Foi muito excitante e emocionante ver que as pessoas se importam tanto”. 

Paul McCartney

terça-feira, 20 de julho de 2010

Amizade é um vício


Chega mais um Dia do Amigo e mais uma vez eu, praticamente, me obrigo a escrever sobre estes parceiros de todas as horas. Não tem como ser diferente, porque amizade é uma das relações que eu mais prezo. Desde sempre. Não que eu tenha assim uma quantidade imensa de amigos, mas sempre fui daquelas de ter alguns poucos, mas fiéis. E dentre estes, sempre tive um(a) melhor amigo(a). Isso eu lembro de acontecer já com os primeiros amiguinhos da rua e na primeira série. Brincava com alguns, mas sempre tinha uma amizade inseparável, aquela que a gente compartilha os segredos, a que sempre faz dupla nos trabalhos, essas coisas. Acho que sempre tive uma certa dependência de amigos. Amizade é um vício.

Já tive vários tipos de amigos. Os de fase, que a rotina transforma em amigos, mas que acabam ficando para trás com a mudança de cotidiano. Os que a primeira vista parecem os melhores, mas deixam de ser amigos, mostrando que são os piores. Os que moram longe, mas quando encontramos é uma festa. Os que nos encontram só em festas, mas que sempre garantem um bom papo de boteco. Os inseparáveis que, de repente, nos abandonam por um romance, mas depois voltam direto para o nosso ombro. Os que se tornam melhores amigos e, de repente, namorados... Mas os melhores de todos são os que, com o tempo, se tornam cada vez mais amigos. Estes nós podemos ver todo o dia e sempre temos assunto. Ou ficar uma semana sem ver - que parece um mês - e são necessárias horas para colocar em dia todas as novidades. Estes podem se afastar por algum motivo, que depois será tudo como antes. Estes nós já sabemos o que pensam, prevemos o que vão falar. Relevamos seu mal humor. Apontamos seus erros, com a inteção de fazê-los repensar, e eles farão o mesmo por nós. Com eles damos as melhores risadas. Temos o mesmo tipo de piada, achamos graça das mesmas coisas. Na hora do aperto, nos pagam cerveja sem reclamar. Com eles discutimos a relação sem entrar em conflito. São parceiros para tudo, topam qualquer negócio. Com estes o lugar da festa não fará diferença, o que vai determinar a diversão é a companhia. Estes são os verdadeiros amigos.

Hoje eu tenho poucos, mas bons amigos. E tenho a impressão de que são os mesmos que irão me acompanhar o resto da vida. Já vejo todos casados e um visitando a casa do outro. Marcando jantinhas, festinhas, viagens. Um apadrinhando o filho do outro. Quero sempre tê-los por perto.

Como amizades verdadeiras nos fazem bem! Feliz Dia do Amigo a todo os meus amigos! Vida longa à nossa amizade!

P.S.: Ainda essa semana estava constatando com o Klaus, que é meu namorado e também um dos meus melhores amigos, que mesmo tendo dois anos de namoro, não perdemos a essência do que nos uniu, que foi a amizade. E isso garante ótimas e longas conversas. Se tornar namorada de um melhor amigo foi a melhor experiência amorosa que eu já tive (e estou tendo), porque pulamos várias etapas, tudo flui melhor, pois já conhecemos bem um ao outro. Eu recomendo! Por isso dedico este texto aos meus amigos e também ao Klaus.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

O Cirque du Soleil se foi, mas deixou seu encanto


O Cirque du Soleil deixou Porto Alegre, mas todo o seu encanto ficou na memória. O Cirque é incrível e todo mundo sabe, pelo menos de ouvir falar. Por isso, nada que eu diga vai influenciar sobre toda a sua magnitude, pois o Cirque, por si, prova porque é dono dos espetáculos mais mágicos do mundo. Mesmo assim, preciso deixar minha impressão sobre Quidam, que tive a oportunidade de assistir.

Desde que soube da existência do Cirque du Soleil, tive vontade de conhecer seus epetáculos de perto. Isto porque, eu sempre gostei de circo, palhaço e tudo que esteja ligado ao lúdico, a tudo que nos faça sair um pouco da nossa realidade. E nesse sentido, sem dúvida alguma, o Cirque du Soleil é a trupe mais completa. E foi este ano que finalmente chegou o grande momento, a minha grande oportunidade de assistir um de seus espetáculos, o Quidam. Isso, graças ao dom do meu namorado, Klaus, de realizar os meus sonhos. Ele me levou ao Cirque como um presente de aniversário de namoro, no dia em que completamos 2 anos. Foi o melhor presente que já ganhei na vida! E eu dou um valor ainda maior a este presente, porque se eu não ganhasse, minha oportunidade seria adiada novamente, como foi em 2008, na vinda do Alegria.

Sobre Quidam, não sei nem por onde começar... É mágico! São pessoas incríveis, que incorporam personagens, criam um mundo próprio e nos convidam a conhecê-lo. Por duas horas e meia, somos transportados ao mundo de Quidam, com objetos e pessoas flutuantes, números quase mais rápidos que nosso olhar, movimentos que, a todo momento, desafiam a gravidade. Tanto que, algumas vezes, temos vontade de esfregar os olhos, pois parece inacreditável o que estes artistas são capazes de fazer. Ficamos imaginando quanto tempo deve ter sido dedicado ao treino, até que os números chegassem tamanha perfeição.


O espetáculo conta a história de Zoé, um menina que vive triste por não ter atenção dos pais. Mas tudo muda quando ela encontra o universo de Quidam, que em latim significa transeunte, um personagem misterioso, sem cabeça, muito alto e que carrega um guarda-chuva. E este universo, o qual nós também adentramos, mescla momentos de bastante alegria, com outros de muita obscuridade. A alegria fica, principalmente, por conta de John, uma espécie de animador, que entra em cena a cada troca de número. Com tentativas atrapalhadas de mostrar seus dotes circenses, ele consegue arracar muitas gargalhadas. Outro responsável pela diversão é o Clown, que na verdade não se caracteriza como um palhaço convencional, mas seu papel é divertir da mesma forma. Seus números contam com a participação de pessoas da plateia, o que deixa a apresentação mais espontânea e engraçada.


Quanto à obscuridade, alguns números transmitem bastante tensão. Como o da contorcionista Anna, que se movimenta na coluna de tecido vermelho. Seus gestos passam uma sensação de tristeza e angústia. Outro momento bastante tenso é a apresentação do casal Jérôme Le Baut e Anna Vicente. Este foi um dos números que mais me impressiou, fiquei de queixo caído, de verdade. Eles fazem movimentos de força e equilíbrio, sem perder o contato do corpo um do outro. E ficam tão concentrados, que dá até medo de aplaudir, por não querer atrapalhar. É incrível.


Mas outro número que merece destaque é o Diabolos. Quatro chinesinhas, de catorze anos cada uma, se apresentam com uma espécie de ioiô chinês. Elas são extramamente rápidas e, além de "brincar" com os diabolos, elas ainda fazem acrobacias e saltos ao mesmo tempo. E o mais impressionante é a perfeita sincronia entre elas. Novamente me pergunto, quanto tempo elas treinaram para chegar este nível de perfeição, pois com apenas catorze anos, devem ter começado a brincar com diabolos ainda no berço!?


Para transpor tanta perfeição, cada detalhe do espetáculo é milimetricamente planejado. Por exemplo, a trilha musical está em perfeito acordo com cada movimento que é executado no palco. Isso colabora para aumentar ainda mais a emoção de cada número. E os músicos tocam ao vivo, fato quase imperceptível, se não olharmos para a banda, pois o som é irretocável. Outro detalhe, é que a cada apresentação, além dos artistas principais, muitos outros ficam em cena, compondo o número, para ser impossível que percamos a atenção mesmo, pois para onde olharmos, enxergaremos parte do espetáculo. Sem falar no figurino e maquiagem. Lindos, impecáveis.

Ao final do espetáculo, ficamos com um gostinho de quero mais. Uma vontade de não se despedir daquele universo mágico. E uma sensação de que valeu cada centavo (apesar de, nesse caso, eu não ter desembolsado nenhum). É incrível que estas pessoas tenham tanta sensibilidade artística, além de muita técnica e dedicação, para criar espetáculos como este, capaz de nos proporcionar momentos indescritíveis. Simplesmente imperdível. Tenho certeza de que não existe pessoa no mundo que assista e não se encante. Não tenho mais palavras para descrever, até porque, não há palavras suficientes para descreverem Cirque du Soleil.

Quidam se despediu e deixou saudades, mas todo o seu encanto e magia vão ficar na recordação daqueles momentos únicos. Que venham mais espetáculos do Cirque du Soleil.




Curiosidade: O nosso ingresso era o do setor mais barato, ou seja, pior visão. Mas como o Cirque não estava com lotação máxima naquele dia, nos realojaram para um lugar de preço médio e pudemos assistir de um lugar com visão mais central. Sorte!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Relacionamento ou aprisionamento?


A maioria das pessoas costuma se surpreender quando fica sabendo que eu e meu namorado (Klaus) costumamos sair sozinhos às vezes. Acham estranho que um "deixe" o outro sair com grupos diferentes de amigos, rumo a destinos distintos. Será que nosso relacionamento é muito moderno ou as pessoas é que ainda vivem no século passado?

Para começar, estranho é "deixar" alguma coisa. Um não tem posse sobre o outro, cada um decide por si o que faz da vida. Relacionamento é diferente de aprisionameto. Para mim, estranho são as pessoas que não têm vida após assumirem um relacinamento amoroso. Esquecem os amigos, os lugares que costumavam frequentar, os programas que costumavam fazer. É incrível, mas a maioria das pessoas, pelo menos as que eu conheço, é assim.

A questão é muito simples. Todos sentem necessidade de fazer alguma coisa só com os amigos de vez em quando. Imagina que graça teria uma reuniãozinha só entre amigas e o namorado ali, ouvindo tudo? Sem chance né. Ou às vezes, nem se trata de um programa particular entre amigos, mas um simplesmente está afim de fazer uma coisa e o outro, outra. Tudo certo, cada um segue seu caminho e até mais tarde. É simples, não!? E é bom que bate até uma saudadinha. Mas como as pessoas têm aquela velha mania de complicar tudo... Muitos dão a seguinte desculpa: "eu não me importo que ele saia sozinho, mas como ele me proíbe, eu também acabo proibindo". Hum, para mim, quem se permite ser proibido de alguma coisa, já começou errado. Isso vira uma bola de neve, que acaba entendiando qualquer relacionamento.

A minha mãe é a primeira a achar inconcebível a ideia de eu sair sem a companhia do Klaus. Quanto à ela, eu até dou um desconto, a "época" dela era outra, a concepção de relacionamento bem diferente. Mas muitas pessoas da minha idade que encontro em festas, chegam a duvidar de que eu realmente tenha um namorado, só por estar sem ele em determinada ocasião. Bom, mas a maioria dos que falam isso, são aqueles caras que não podem ver uma mulher sozinha em uma festa, que logo consideram uma presa fácil. Até porque, uma mulher sair sozinha com o intuito unicamente de bater-papo de boteco ou dançar, não existe né!?

Mas a questão chave dessa história de sair sozinho é a confiança. E isso é que é o mais estranho, pois um relacionamento não deveria ser baseado em confiança? As pessoas não "deixam" seus namorados(as) sair sozinhos, porque acham que eles podem "aprontar alguma". Têm que estar sempre presentes para defender seu território. Eu acho que se a pessoa vai estar sempre desconfiada de que seu namorado, noivo, marido, namorido, enfim, vai fazer "alguma bobagem" quando ela não estiver presente, é melhor nem começar um namoro então, né. Muitos não acreditam que eu o Klaus confiamos 100% um no outro. Mas eu tenho certeza de que nosso namoro dá tão certo por isso. Confiança gera liberdade no relacionamento. Até porque, ninguém quer se sentir preso e, sim, amado.

sexta-feira, 26 de março de 2010

quinta-feira, 25 de março de 2010

LP Divertido - Uma música para mim


Como é bom ter uma amiga jornalista, chargista, imitadora nas horas vagas, piadista o tempo todo, 100% criativa, instrumentista e compositora. Eu estou falando da Amanda Porterolla - Amandinha, Amandita, Mandica! -, a dona do Asterisco Rock and Roll. Sabe por que é tão legal ter uma amiga multi-inteligências? Porque ela nos presenteia com as coisas mais originais.
Eu já ganhei feliz aniversário do Dikie e Mooh, charge da minha pessoa e até história em quadrinhos das minhas próprias histórias. Mas agora, ela se superou. Me presenteou com uma das coisas que eu mais gosto na vida: uma música! Imagina só, uma música minha, que fala de várias coisas que eu gosto, sobre mim, pra mim! Fiquei muito feliz e resolvi postá-la aqui. Aproveitando, tenho que divulgar mais um pouquinho do trabalho desta compositora nata e posto, também, a música Jackie, que eu também acho muito legal.
Ah, e inspirada no nome da minha música, LP Divertido, separei umas imagens de LP's bem divertidos que eu encontrei pela internet. Curte as músicas, enquanto confere as imagens!

LP Divertido



Jackie











quarta-feira, 1 de julho de 2009

Enfim, férias

Teoricamente haveria mais uns diazinhos de aula, mas na prática, depois de um semestre tão chato com tantos seminários, resenhas, aulas repetitivas e blás blás, me considero de férias. Merecidas férias!

É impressionante a quantidade de coisas que se pode fazer em 1 mês, quando se descobre que existe vida além do fim de semana! Ah, como é bom poder ir ao cinema no meio da semana, assistir aos jogos do Grêmio no meio da semana, poder ver os amigos no meio da semana, voltar a ler minhas revistas e meus livros, parar para ouvir música, poder curtir melhor as sobrinhas. Dedicar mais tempo à preguiça, ao nadismo e, claro, ao namoro.

Mesmo sendo apenas 1 mês, que para férias de inverno já é bastante, e sendo só do IPA porque o trabalho continua, é um alívio não precisar, pelo menos nesse meio tempo, se preocupar com disciplinas e trabalhos chatos.

Talvez, no ano que vem, eu tenha saudades disso. Mas nem vou pensar agora. Já que é meu último ano como graduanda em Jornalismo, vou curtir tudo que o curso oferecer até o término, incluisive as últimas férias de inverno!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Músicas especiais para um dia especial




*Feliz dia dos namorados, especialmente para meu namorado! Klaus, te amo!


terça-feira, 12 de maio de 2009

Helter Skelter foi feita para minha formatura


Minha vida tem trilha sonora. Podia até ser uma série de videoclipes intermináveis. Onde quer que eu esteja, em qualquer situação, tenho a impressão de que existe uma música adequada para cada "cena". Perfeito, então, é quando é possível um fade in para a trilha entrar, efetivamente, na minha vida. Quando isso é possível? Formatura, por exemplo.

Uma das primeiras coisas que me vêm à cabeça quando penso na formatura que se aproxima, é na música que me acompanhará no recebimento do canudo. Até me surpreendi um dia desses em que perguntei para as gurias se já tinham escolhido a música delas, ao que a Priscila me responde: "Ah é? Tem uma música pra cada um?". Mel dels! A música da formatura é tão importante pra mim, primeiro porque eu adoooro música, depois porque ela vai marcar aquele momento pra toda a tua vida, sempre que ouvir vai lembrar daquele dia. As pessoas que estiverem presentes, também, sempre que ouvir a música vão lembrar de ti.

Desde que saí do Ensino Médio decidi que minha música de formatura do Ensino Superior seria Beatles. E logo no início do curso, lá pelo 2° semestre, pensei em Helter Skelter. Pra mim, música de formatura tem que ser intensa, super animada. É uma conquista, uma baita alegria. Não pode ser uma música lenta e emotiva. Tem que representar toda a tua felicidade. Tem que dar vontade de cantar, de dançar, de gritar. Não pode ser um dos clichês "Você não sabe o quanto eu caminheei..." ou "Valeu a pena, êêh...", que a letra pode até ter a ver com esforço, objetivo alcançado, mas tem que ter a ver contigo, com o teu momento.

Como sou muito indecisa, ultimamente andei pensando se escolheria Beatles mesmo, porque é tão difícil escolher uma só! Tem as da Feist que tem tanto a ver comigo, as do Michale Jackson, que são tão animadas... Mas não adianta, essas ocasiões pedem o mais clássico possível, algo que se goste do fundo da alma, tipo, A MELHOR BANDA DO MUNDO! Tem que ser Beatles! Mas será Helter Skelter mesmo? Tem taaantas que eu gosto... Bom, entre muitas baladas do Paul, que quase sempre ficou com as mais lentinhas, Helter Skelter é mais explosiva de suas composições. Ele é meu Beatle preferido e a música suuper agitada, do jeito que eu gosto. Perfeito! Posso até imaginar minha entrada: a música começa devagarinho: "When I get to the bottom I go back to the top of the slide, Where I stop and I turn and I go for a ride", nisso eu vou andando e subindo as escadas, enquanto a música também sobe. Quando chego no palco e recebo o diploma, vibro: "Till I get to the bottom and I see you agaaaain! Yeah, yeah, yeah, yeeeah!!". Me convenci, Helter Skelter foi feita para minha formatura! Tudo bem, a letra não tem nada a ver com colação de grau... ah, mas a melodia sempre me conquista antes da letra, azar.

Não resisti e resolvi publicar logo 2 versões de Helter Skelter que achei no You Tube. Uma eu acho que o Paul estava em fase de composição, lindo, e a outra mostra bem a intensidade da música.




quarta-feira, 4 de março de 2009

O mais próximo que cheguei das nuvens



Quando eu era criança e via algum avião passar longe, pequenininho, se escodendo entre as nuvens até sumir no horizonte, imaginava como deveria ser ver tudo lá de cima. Tudo que até então parecia grande, de repente, se transformando em uma minúscula maquete. As pessoas a se movimentar como formigunhas, os carros e casas como se fossem de brinquedo. E como deveria ser olhar pra cima lá de cima. Ver o céu, o sol e as nuvens tão de perto. Ah, como seriam as nuvens? O que mais me despertava a curiosidade era sua consistência: se parecia mais com algodão doce ou pelúcia, fofinha? Gostaria de poder tocá-las e descobrir. Além disso, havia o fato de poder voar. Acho que toda a criança um dia gostaria de desafiar seu próprio corpo e a tal da leia da gravidade e poder voar. Para quem não tem asas, uma das possibilidades de chegar mais próximo da sensação que deve sentir um pássaro, é o avião.


Viajei de avião pela primeira vez no último feriado de carnaval. Nem lembrava muito de meus pensamentos de criança sobre isso. A expectativa do momento era pela curiosidade do novo. Mas quando a aeronave decolou, reavivou-se minha imaginação de pequena. Lembrei de quando me imaginava lá em cima. Agora estava lá em cima. Enfim poder voar. Enfim poder ver tudo se distanciando e diminuindo lá embaixo. Enfim, conhecer as nuvens de perto. Claro que agora vi as coisas com algumas diferenças. Já sabia que as nuvens não são feitas nem de algodão doce e nem de pelúcia. Ao invés de maquetes, o que vi ao olhar para baixo foram mapas do Google (hehe). Apesar disso, minha sensação era como a de uma criança feliz ao realizar uma estrepolia de sua imaginação, de vencer o desafio de poder voar.



Quem dera todos os fatos da vida adulta, fossem da forma como idealizamos quando criança. Como andar de avião.

Acho que agora entendo teu fascínio por avião, Jamille!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Natal...


Final de ano é tanta correria que acabei tirando umas feriazinhas do She Blogs sem querer, mas voltei! Acho que estava querendo distância de escrever qualquer espécie de texto depois da monografia. Mas, assim como todos os que convivem comigo que não aguentam mais me ouvir falar em monografia, eu também não aguento mais. Quero falar um pouco sobre o natal.

Muita gente critica o natal por causa, principalmente, do seu espírito consumista. Mesmo com o consumismo exagerado desta época, eu gosto do natal. Não pelo caráter religioso, até porque eu não sou nada religiosa, mas pela confraternização. Nós passamos o ano inteiro trabalhando, estudando e muitas outras coisas, que quase não sobra tempo para dar atenção para pessoas que queremos bem.

Apesar de sabermos que muitos não tem condições de comemorar as festas de final de ano com ceia e troca de presentes, acho válido reunir a família e, se for possível, presentear quem gostamos. É uma consideração para com as pessoas com quem convivemos e que, de alguma forma, acabam contribuindo para a nossa felicidade. É uma oportunidade de agradecer e expressar nossos sentimentos. É uma chance de medir os erros e acertos para tentar melhorar e nos repensar.
Boas festas a todos!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Os fascínios da noite


A noite me fascina. Desde mais ou menos os 12 anos, pelo que eu me lembre, gosto de ficar acordada até a madrugada. Mesmo gostando de aproveitar as primeiras horas de uma bela manhã de verão, o frescor do anoitecer acaba me convencendo a trocar o dia pela noite. Claro que isso só é possível quando não se tem trabalho ou aula no outro dia. Por isso, aproveito ao máximo minhas madrugadas de feriados ou finais de semana.
Nunca soube explicar direito porque é tão bom passar a madrugada toda em claro. Mas, em uma madrugada dessas me surgiram prováveis explicações.

À noite não se têm pressa. Ela não exige a correira que o dia nos obriga, pois, fora o compromisso com o sono, que vai depender de cada pessoa, não se têm afazeres a cumprir na magrugada. E como é bom poder fazer qualquer coisa sem depender do relógio. Poder comer sem pressa, jogar horas de conversa fiada - até porque é na madrugada que nossos pensamentos se abrem para maiores reflexões e filosofias de mesa de bar (pelo menos é essa a impressão que eu tenho) -, poder assistir a incontáveis filmes, assistir televisão até encher o saco, poder ler uma revista inteirinha em pleno silêncio. Aliás, está aí mais um benefício da madrugada: o silêncio. À noite, quando a maioria opta pelo travesseiro, é o melhor horário para realizar atividades que exijam concentração, como a leitura, ou simplesmente para dedicar um pouco de tempo para "ouvir" o silêncio. E o melhor de tudo: sem ninguém pra te encomodar. O que dá uma sensação única de privacidade.

Até o trânsito melhora na madrugada. Pois, além dos festeiros de plantão, poucas pessoas circulam a altas horas da noite, seja com ou sem carro. E isso permite uma sensação de liberdade sem igual.

Aliás, liberdade é a grande chave dos fascínios da noite. Somente à noite podemos ter uma amostra uma pouco mais real do que seria a liberdade.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Tholl: Imagem e Sonho

O Cirque du Soleil brasileiro. Esta foi a forma que sempre me referi ao Tholl, mesmo antes de assistir o espetéculo ao vivo (e mesmo sem nunca ter visto de perto o Cirque Du Soleil). Pois comprovei que o grupo tem mesmo tudo para seguir o caminho do tão famoso circo canadense. Assiti pela primeira vez, durante as férias de inverno, o Tholl Imagem e Sonho e o que presenciei foi técnica, dedicação, beleza e magia.

O espetáculo é formado por 17 artistas que se revezam nas apresentações de acrobacias, pernas-de-pau, monociclo, equilibrismo, tecido aéreo, arco aéreo, pirofagia e esquetes teatrais. Tholl Imagem e Sonho é realizado pela Oficina Permantente de Técnicas Circenses, de Pelotas, criada em 1987 pelo então atleta de Ginástica Olímpica, João Bachilli. O grupo já montou outros três espetáculos: Performances, Visions e Vícios de Voar. Mas foi com Tholl Imagem e Sonho que o grupo se consolidou e ganhou o estado e o país.

Não é pra menos, o espetáculo que corre o Brasil desde 2002, é simplesmente emocionante. A leveza com que os artistas realizam as acrobacias por vários momentos não nos deixa perceber a dificuldade de cada movimento. A leveza é confundida com facilidade. O que indica treino, disciplina e dedicação.

O que colabora para enriquecer o espetáculo, pela riqueza de detalhes, é o figurino. É uma espécie de cômico glamourizado, característico do clássico clown (que deu origem o palhaço atual). O requinte dos figurinos nos leva a crer que são idealizados por grandes profissionais do ramo. Porém, são criados pelo próprio João Bachilli.

As maquiagens, a sonorização e as luzes dão o toque final à apresentação. E para fechar com chave de ouro (ou de prata, com o perdão do trocadilho) uma chuva de papel picado cor de prata. Os artistas entram usando figurinos brancos e empunhando guarda-chuvas transparentes. A doçura dos movimentos e da trilha sonora carregam o espetáulo de magia e emoção. Simplesmente tocante.



quinta-feira, 17 de julho de 2008

Um ano de vida


Este mês o She Blogs está completando 1 ano de existência. Para celebrar esta data gostaria de agradecer a todos os leitores que, por insistência minha ou não, lêem e comentam os textos aqui postados, garantindo assim a permanência deste blog.

Ao longo deste primeiro ano descobri que um blog pode ser muito mais do que um espaço de publicação de textos. O She Blogs se tornou quase que uma extenção de mim. Apesar de raramente publicar mais do que 1 texto por mês, não consigo deixá-lo de lado, sempre pensando em novas idéias para posts . Ele me auxilia muito no exercício da escrita. E neste sentido os leitores tem participação importante, funcionando como uma espécie de termômetro para meus textos, de acordo com os comentários que fazem. Além disso, o She Blogs me ajuda também a me expressar melhor e expor meus sentimentos em forma de palavras.

Neste 1 ano percebi que os leitores acabam ganhando importância de "audiência", pois mesmo falando de assuntos que me identifico, procuro escrever de maneira a agradá-los. Além dos textos, todos os outros ítens são pensados para os leitores: dicas de filmes; músicas; frases inspiradoras; sites e outros blogs. Todas as sugestões são sempre as que eu realmente mais gosto.

Mais uma vez agradeço aos leitores e "comentaristas". Espero que continuem acompanhando o She Blogs e fazendo bom proveito do conteúdo textual e das sugestões em geral.


terça-feira, 3 de junho de 2008

Especialmente para alguém especial...

A amizade às vezes nos prega peças. Silenciosamente prepara o terreno para algo a mais. Aos poucos tece confiança, afeto, lealdade, cumplicidade. A atração surge naturalmente, por conta do excesso de carinho, cuidado e momentos alegres. Mais do que isso, pela conexão ocasionada pela convivência.
Incrível como essa amizade trabalha devagar e com cuidado. Como quem cultiva um jardim desde o verão para vir a apreciar as flores somente na próxima primavera. No meio do percurso algumas pétalas parecem ter dificuldades em desabrochar. Mas faz parte do processo. Isso acontece só até que se descubra se gostam mais ou menos de água, mais ou menos de tomar sol. Desvendadas as preferências, estão prontas para florescer, sem maiores turbulências.
Aos poucos as características básicas de uma amizade são acrescidas de algumas outras vontades. O que antes era vontade de ligar, ver, conversar, passa a ser também vontade de tocar, sentir, abraçar, beijar. Silenciar diante a presença e deixar que o momento se encarregue do resto. “Senti meu corpo derretendo”, diria Júpiter Maçã, ou ainda “eu nem sinto meus pés no chão” delirariam os Mutantes. É justamente assim.
Depois disso vem o sorriso bobo, a risada advinda da mais sem graça das piadas. E passa a fazer muito sentido quando a Superguides canta que “agora todas as canções de amor fazem sentido”. Uma vez que, por mais ridículo que pareça, até as músicas mais toscas, de rimas mais clichês, inspiram identificações diante de vivências.
Mas toda essa preparação da amizade, facilita as coisas. Pois já se sabe e confia tanto um no outro que uma série de etapas são puladas, simplesmente fluem. “Eu não preciso falar e você está me entendendo/ Eu só preciso te olhar e sei o que está acontecendo”, diria Beto Bruno. É exatamente isso. O previsível pode perder a graça? Não mesmo. Ao contrário, torna-se surpreendente conhecer alguém ao ponto de adivinhar o que vai dizer ou de que forma vai agir em determinada situação. E um já aprendeu tanto a lidar com o outro, que não há mais motivos para divergências.
“Até parece um sonho mas estou acordado”, afirmaria Beto Bruno, ou “otra vez un sueño”, no caso do Ill Niño. Faço minhas as palavras deles, tamanha a intensidade dos sentimentos. Inimagináveis antes de senti-los. Tão intensos quanto arrepios que emergem de suspiros ao pé do ouvido.
"Se você quiser eu vou te dar um amor desses de cinema/ Não vai te faltar carinho, plano ou assunto ao longo do dia.” Quem acreditaria em tais versos de Vanessa da Mata? Pois com alguém especial podem se tornar totalmente literais.
Surpresa e certo medo surgem com uma amizade que ultrapassa para uma nova fase. Porém, tudo se tranqüiliza quando se percebe que a amizade prevalece independente de qualquer coisa, até porque foi ela quem uniu. Por isso continua intacta na essência, apenas com alguns detalhes a mais.