segunda-feira, 17 de março de 2008

Uma Dupla de Requinte


Os White Stripes têm tudo o que se espera de uma banda de rock atual – criatividade, timbres marcantes de guitarra e melodias que vão do dançante ao suave – e mais um pouco. Entenda-se o mais um pouco por um irretocável bom gosto e refinamento. Jack White, o cabeça da dupla, não pensa somente na música propriamente dita, mas em todos os adendos que ela pode agregar. Na era do MP3, onde a música pode ser facilmente comparada a um produto descartável, quase não se encontra motivos para comprar CDs. A menos que seus encartes sejam verdadeiras obras de arte. É o caso dos álbuns dos White Stripes. É o tipo de CD que mesmo sem conhecer o som, alguém seria capaz de comprar só pela capa.
Sem falar nos clipes. São a representação estética da excentricidade do duo. Um belo exemplo é o clipe de Conquest. Figurinos impecáveis, ótima fotografia e genuíno sarcasmo aliados à qualidade musical. Está feita a fórmula cujo resultado é uma banda singular, qualificada e refinada.

Falando nisso...


Finalmente adquiri o último álbum da dupla tão elogiada aí em cima, o Icky Thump, lançado no segundo semestre de 2007.
Como citei anteriormente, o 6º disco não foge à regra e a capa já é um colírio para os olhos. Mas claro, a música é compatível à beleza visual.
Em uma inevitável comparação com o trabalho anterior, Get Behind Me Satan, Icky Thump não supera grandes expectativas. Mas não deixa a desejar na essência e originalidade características dos White.
Pode-se perceber algumas inovações. Como em Little Cream Soda, por exemplo. A faixa apresenta riffes e arranjos mais pesados do que de costume, chegando quase remeter a heavy metal. Por outro lado, algumas faixas estão mais suaves, com melodias mais Pops, como em Prickly Thorn, But Sweetly Worn e You Don't Know What Love Is.
Inovações à parte, eles continuam aderindo sonoridades de culturas diferentes a seu som. Como gaita escocesa e banjo, este último já experimentado em Get Behind Me Satan. Mas a maior prova desta afirmação é Conquest, uma versão de um músico chamado Corky Robbins. Uma música típica de tourada, com trompetes e tudo, e um toque White de ser. A mais excêntrica do disco. Vale a pena ouvir.

5 comentários:

Unknown disse...

1° comentário! rá!

baita [mini] resenha, hein?! concisa, mas me fez ter mais vontade ainda de escutar o disco, que obviamente tu vai me emprestar...

se bem que, se for pra escutar no ônibus [do jeito como foi hoje], já fico muito satisfeito. muito! o próximo da semana será o Era Vulgaris, do QotSA!!

Amanda Porterolla disse...

Mas ah! Quando escreve sobre música, tu voa... Nasceu pra isso, guria! Sabe que me deu até vontade de comprar o disco? As repórteres de revista que se cuidem...

P.S.: sempre que falam em White Stripes, lembro o comentário do Marcelo Nova, na Mtv, sobre a baterista: "ela parece a empregada lá de casa, batendo os pratos na pia...". Hehehehe!!! E, mesmo assim, os caras são bons! Bjs!

Lisiane de Assis disse...

Aaaiiii, Amandinha!! Que bom!!! Bah, fiquei tri feliz agora!!

É verdade, a Meg toca bateria de um jeito só dela, engraçado! Mas talvez se não fosse assim não seria tão legal.

Beijos!!

Anônimo disse...

Concordo!
Concordo com tudo q tu escreveu aí!
Qm sabe se eles usassem máscaras eu compraria o CD.
HUHUhsuahuashhua

!!!!sssoojB

Lisiane de Assis disse...

hihiHIII!!

Como seria beijos ao contrário??huhuHUUU!!!